@MASTERSTHESIS{ 2018:725677441, title = {Caracterização das condições oceanográficas em estuários de macromaré: complexo estuarino Arraial-São José (MA)}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2205", abstract = "Este estudo avaliou como a minimização dos fluxos fluviais influenciam na circulação hidrodinâmica e no transporte de materiais e constituintes no Complexo Estuarino Arraial-São José (CEASJ), sazonalmente. Inicialmente foram feitas doze campanhas de campo nos estuários dos rios Perizes e Sampaio, durante as estações de chuva, interface chuva/seca, e seca no biênio 2014-2015, em condições de maré de quadratura e sizígia. Posteriormente, foram feitas aquisições de dados ao longo do CEASJ, durante as estações de chuva e seca de 2017, em condições de maré de sizígia, onde foram realizados dois perfis Eulerianos em ciclos completos de maré (13 horas). Os resultados nos estuários dos rios Perizes e Sampaio sugerem que através dos gradientes horizontais térmicos e salinos, o ano de 2014 apresentou-se com águas mais quentes e menos salinas, enquanto que para o ano de 2015, observou-se águas mais frias e salinas. Fato esse, quando vinculado ao transporte de volume e fluxos de Material Particulado em Suspensão (MPS), sugerem uma minimização dos fluxos fluviais para o ano de 2015, facilitando a propagação da onda de maré estuário acima. Os resultados dos percentuais de água doce foram mais significativos durante a estação de chuva, com exceção do ano de 2015, cujos tempos de residência foram menores que uma hora, apresentando características que se assemelharam à períodos secos. Elevadas concentrações de MPS em detrimento a menores transportes de volume sugerem um barramento hidráulico devido a mudança da força de gradiente de pressão baroclínica, acarretando em retenção líquida e de materiais, principalmente em maré de quadratura. Através das estruturas térmicas e salinas observadas no CEASJ, temperaturas elevadas e salinidades tipicamente estuarinas na estação de chuva, e água mais frias e salinas na estação de seca, sugerimos uma interface Zona de Mistura/Zona Costeira (ZM/ZC) próxima ao fundeio  (situado na parte mais costeira) e uma interface Zona de Maré do Rio/Zona de Mistura (ZR/ZM) próxima ao fundeio  (situado mais adentro do complexo). Estas estruturas termohalinas mostraram-se quase homogêneas verticalmente, indicando condições de instabilidade vertical. As intensidades das correntes foram mais intensas em maré enchente, com velocidades residuais próximas de zero, mostrando a importância da componente marinha na região, cujo sistema estuarino na estação chuvosa foi classificado do tipo 2a na interface ZM/ZC e 1a na interface ZR/ZM, enquanto que na estação seca, foi classificado do tipo 1a em ambas as interfaces. O transporte de sal foi dominado pela parcela da descarga fluvial na maioria dos casos, cujo transporte total de sal foi estuário acima, sugerindo um acúmulo de sal no CEASJ, muito provavelmente associado à entrada de águas marinhas. A intrusão de água costeira, intensifica o componente baroclínico da força de gradiente de pressão, gerando o barramento hidráulico, e pode indicar que os fluxos de MPS oriundos da drenagem continental para o estuário e consequente plataforma adjacente é interrompido e o tempo de residência aumentado. A continuação deste estudo, pode gerar a médio prazo, a formação de um conjunto de informações ambientais que auxiliem nas tomadas de decisão dos gestores dos recursos hídricos, face a alterações no uso do solo da bacia de drenagem ou a uma realidade de mudanças climáticas (elevação do nível do mar), mitigando seus potenciais impactos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM OCEANOGRAFIA}, note = {DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA/CCBS} }