@PHDTHESIS{ 2018:1758517763, title = {Peregrinação de gestantes para o parto: fatores associados e consequências desfavoráveis ao nascer em duas coortes brasileiras (BRISA)}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2172", abstract = "Introdução: A peregrinação para o parto é considerada fator de risco para a saúde da gestante e do feto, e pode estar associada a maior risco de óbito neonatal apesar do direito garantido à gestante de estar vinculada à maternidade onde seu parto será realizado. Entretanto, ainda há lacunas na literatura acerca dos desfechos neonatais desfavoráveis ao nascer e sua associação com a peregrinação para o parto. Objetivos: Analisar a peregrinação de gestantes em busca de assistência ao parto em duas cidades brasileiras. Métodos: Estudo seccional, que utilizou amostra da coorte BRISA nascimento. No primeiro artigo foi utilizada modelagem hierarquizada para analisar os fatores associados à peregrinação para o parto nas duas cidades brasileiras, em amostra de 10.475 puérperas admitidas nas maternidades selecionadas por ocasião do parto em São Luís e Ribeirão Preto em 2010. No segundo artigo, apenas a coorte de nascimento de São Luís foi incluída, com amostra de 4.494 puérperas e seus recém-nascidos. Objetivou-se investigar a associação entre a peregrinação para o parto e problemas de saúde ao nascer utilizando regressão logística multivariada. As variáveis incluídas no modelo multivariado foram selecionadas a partir de gráficos acíclicos direcionados. Para comparação de médias do número de serviços que a gestante percorreu em busca de assistência e o número de problemas de saúde ao nascer apresentados pelos recém-nascidos, utilizou-se o teste de Wilcoxon e o teste Kruskal-Wallis. Resultados: A peregrinação para o parto foi mais frequente em São Luís (35,8%) do que em Ribeirão Preto (5,8%). Foram fatores associados à maior peregrinação em São Luís ser adolescente (p=0,033; IC=1,00 –1,22), ser primípara (p=0,005; IC=1,04–1,24) e ter parto realizado por médico que não acompanhou o pré-natal (p=0,038; IC=1,02–1,91). Ter 35 anos ou mais (p<0,001; IC=0,54 – 0,84) ou parto pré-termo (p=0,030; IC=0,76 – 0,98) foram fatores de menor risco para peregrinação nesta cidade. Parto realizado em hospital público, gestantes pobres e com história de aborto prévio foram fatores associados a maior peregrinação nas duas cidades. Em Ribeirão Preto, gestantes sem companheiro ou cujos partos foram pré-termo tiveram mais chances de peregrinar. Em São Luís, verificou-se associação entre a peregrinação de gestantes no momento do parto e problemas de saúde ao nascer (OR= 1,27 ; IC95%: 1,01 – 1,61 ; p =0,041). Recém-nascidos com problemas de saúde ao nascer tiveram 39,3% mais de chances de necessitar de cuidados intensivos e maior chance de apresentar Apgar menor que sete no primeiro (OR= 9,5; IC95%: 7,4 – 12,2; p< 0,001) e no quinto (OR=5,5; IC95%: 3,1 – 9,6; p< 0,001) minutos de vida. Conclusão: Nas duas cidades brasileiras há desigualdades socioeconômicas no acesso ao parto hospitalar. Em São Luís, a peregrinação foi sete vezes maior do que em Ribeirão Preto. As gestantes que peregrinaram em Ribeirão Preto, vivenciaram a peregrinação em situação de maior risco. Em São Luís, quanto maior o número de serviços que a gestante buscou para ter assistência ao parto, maior foi a chance do RN ter algum problema de saúde ao nascer.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA II/CCBS} }