@MASTERSTHESIS{ 2018:534397722, title = {Fatores associados à tuberculose drogarresistente no Estado do Maranhão, no período de 2010 a 2015.}, year = {2018}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2116", abstract = "A tuberculose drogarresistente (TBDR) constitui atualmente um importante problema de saúde pública. A TBDR é ocasionada pelo Mycobacterium tuberculosis resistente a mais de uma das principais drogas antituberculose, especialmente a rifampicina (R) e a isoniazida (H). Tem-se por objetivo analisar o perfil e os fatores associados a TBDR no estado do Maranhão. Realizou-se um estudo transversal tipo analítico retrospectivo dos casos de TBDR. A população do estudo incluiu os casos de TBDR residentes no Maranhão, e notificados no Sistema de Informação de Tratamentos Especiais da Tuberculose (SITETB) no período de 2010 a 2015. Os dados foram coletados a partir do banco de dados do SITETB e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Saúde do Maranhão. Foram utilizadas as seguintes variáveis: ano de notificação, sexo, idade, raça, escolaridade, ocupação, procedência, entrada, forma clínica, local do contágio, exame anti-HIV, encerramento, tipo de resistência, padrão de resistência, resistência ou sensibilidade (ofloxacino, etambutol, etionamida, amicacina, rifampicina, isoniazida, estreptomicina, capreomicina e kanamicina), regime de tratamento, baciloscopia de escarro, cultura de escarro, raio-X e comorbidades associadas. Para identificar as associações utilizou-se o modelo de regressão de Poisson, e estimadas as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC 95%). No período de estudo foram notificados 10.944 casos de tuberculose no Estado do Maranhão, sendo 10.820 (98,9%) casos de TB sensível e 124 (1,13%) casos com TBDR. O maior número de casos foi em 2013 (27 casos) e o menor em 2010 (03 casos). A TBDR foi mais frequente no sexo masculino (63,7 %), na faixa etária de 20 a 39 anos (52,4 %), na raça/cor não branco (87,9%), escolaridade com ≥ 8 anos de estudo (49,2%), ocupação desempregado (60,5%), e procedente da capital do Estado (58,1%). Na análise não ajustada observou-se que a escolaridade <8 anos (IC95%=0,31-0,64;OR=0,44;p<0,001), a entrada retratamento (IC 95%=1,71- 3,84;OR=2,56;p<0,001), o encerramento não cura (IC95%=2,15- 4,41;OR=3,08;p<0,001), a baciloscopia de escarro positiva (IC95%=2,66- 9,73;OR=5,09; p<0,001), o exame aniti-HIV positivo (IC95%=0,08- 0,79;OR=0,25;p=0,019), ter diabetes (IC95%=0,17-1,02;OR=0,42;p=0,057), ter Aids(IC95%=0,09-0,91;OR=0,29;p=0,035), e usar drogas ilícitas (IC95%=1,01- 2,71;OR=1,66;p=0,043) apresentaram-se associados à TBDR. Após o ajuste do modelo somente o grau de escolaridade <8 anos (IC95%=0,32-0,66; OR=0,46; p<0,001), a entrada retratamento (IC95%=1,05-2,48; OR=1,61; p=0,030), o encerramento não cura (IC95%=2,01- 4,35; OR=2,96; p<0,001), e a baciloscopia de escarro positiva (IC95%=2,26-8,87; OR=4,47; p<0,001) mantiveram-se associadas à TBDR. Conclui-se que a prevalência de TBDR no Maranhão é baixa em relação ao País, sendo nítido que ter entrada por retratamento, ter encerramento por não cura e baciloscopia positiva, podem estar contribuindo para manutenção desta taxa.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }