@MASTERSTHESIS{ 2017:2035658328, title = {O sexismo no ensino superior do Maranhão}, year = {2017}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2091", abstract = "Este estudo se insere nas relações de gênero, pois falar de gênero é falar das relações entre homens e mulheres, dos papéis sociais que lhes são reservados, ensinados e cobrados por toda a vida, desta maneira objetivou-se investigar o sexismo no ensino superior. A categoria gênero é a construção social do que é feminino ou masculino, já o sexismo é a discriminação baseada no sexo de cada pessoa. As mulheres são apresentadas como as principais vítimas do sexismo, mas a intenção aqui foi de mensurar os efeitos desse fenômeno entre mulheres e homens que frequentam os mesmos bancos universitários. Desta maneira, o universo de pesquisa deste estudo compõe uma amostra de 476 sujeitos (220 homens e 256 mulheres) alunos de 28 cursos de graduação da UFMA. O instrumento de pesquisa aplicado aos alunos foi elaborado a partir da adaptação de instrumentos propostos anteriormente por outros pesquisadores. Assim, o instrumento de pesquisa deste estudo é um questionário composto por três etapas, cada uma delas sendo responsável por uma dimensão de análise: Perfil do sujeito; Percepções sexistas; e Realidade acadêmica. Após a coleta dos dados, os mesmos foram tabulados no software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS. De maneira geral, presume-se que os estudantes parecem não apresentar percepções sexistas, mas a análise através das especificidades demonstrou elementos mais interessantes. Os principais resultados foram: A maioria dos estudantes demarca o lugar da mulher através de estereótipos como uso de saia, maquiagem, unhas, brincar de casinhas ou utilizar objetos na cor rosa. Homens e mulheres podem ser sexistas da mesma maneira. A classe social não foi justificativa para um nível mais elevado de sexismo, mas o nível de educação, sim. Pessoas religiosas demonstram maior tendência para percepções sexistas, sendo a religião católica a predominante entre estas. Tanto pessoas de esquerda como de direita se demonstraram sexistas. Apenas a minoria dos sujeitos da amostra se proclamou feminista, e o observável é que quanto maior o nível de sexismo, maior foi a rejeição ao feminismo. A existência de cursos considerados “para homens” e cursos considerados “para mulheres” foi comprovada, mas a maioria dos sujeitos deste estudo não concorda com tal diferenciação. Os homens tiveram sua capacidade profissional contestada em poucos cursos, em baixa proporção, mas quando ocorreu, foi em cursos considerados femininos. Já as mulheres tiveram sua capacidade profissional contestada em quase todos os cursos, em alta proporção e independentemente do curso ser considerado feminino ou masculino. Ambos os sexos indicam já terem sido alvos de suspeita sobre o potencial de suas capacidades apenas pelo fato de serem homens ou mulheres, porém, as mulheres têm sofrido bem mais com essa problemática. Mais de 82% dos sujeitos deste estudo já presenciaram trotes preconceituosos na instituição, a maioria deles envolvendo atitudes machistas e sexistas. Dentro da sala de aula, 56% dos alunos já presenciaram professores fazendo piadinhas preconceituosas e, também, neste caso, a maioria delas era de conteúdo machista ou sexista. Outro dado preocupante foi o alto índice de respostas apontando a ocorrência de piadas racistas. A denúncia a essas práticas ocorre em apenas 9% dos casos, pois na maioria das vezes a reação da turma é sorrir. A média geral dos homens e mulheres que sofreram assédio sexual na universidade correspondeu a 14% e 24% respectivamente. Os assediadores em geral são os colegas, mas para 28% das mulheres foram os próprios professores. Ao voltar pra casa, o maior medo dos homens é de serem assaltados, enquanto que o das mulheres é serem estupradas. Uma em cada três mulheres deste estudo já foi assediada no ônibus que faz o trecho universidade-centro da cidade. Os homens também denunciam abusos sexuais no ônibus, mas em número bem menor do que as mulheres. Observou-se então a presença do sexismo, tanto em nível de percepção dos próprios estudantes como em elementos do cotidiano no ambiente universitário.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO I/CCSO} }