@PHDTHESIS{ 2017:1211175969, title = {Características e fatores associados ao gasto privado em saúde com crianças da coorte BRISA}, year = {2017}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/1937", abstract = "O SUS ainda não consegue atender toda a população, o que é atribuído a desigualdades na qualidade da atenção e a restrições de acesso, além da estrutura de financiamento do gasto em saúde no país. No Brasil o gasto privado em saúde é maior do que o gasto público, divergindo de todos os sistemas de caráter universal no mundo. Os objetivos deste estudo foram comparar as características do gasto direto das famílias com saúde de crianças em São Luís/MA e Ribeirão Preto/SP, e analisar os fatores associados a esse gasto em crianças de 13 a 35 meses de vida em São Luís/MA. Elaborou-se dois artigos. O primeiro trata-se de estudo transversal utilizando dados da coorte BRISA em Ribeirão Preto (n=3015 crianças) e em São Luís (n=3247 crianças). Medicamentos, consultas e exames foram os componentes do gasto privado estudados. Analisou-se a magnitude (gasto alto/gasto baixo) e natureza do gasto (frequência das combinações de gasto com os três itens, e análise bivariada dos itens do gasto por nível de renda familiar e tipo de cobertura de serviço de saúde. Para comparar as cidades foram calculados os Intervalos de Confiança (95%). Em São Luís estimou-se frequência de 45,7% de gasto alto (IC95%: 43,9 – 47,4) e em Ribeirão Preto 13,8% (IC95%: 12,5 – 15,0). O gasto com medicamento é o mais prevalente nas duas cidades - São Luís, 94,2% (IC95%: IC95%: 93,4 – 95,0); e Ribeirão Preto 87,8% (IC95%: 86,7 – 89,1). A combinação mais frequente de componentes foi exame/medicamento (23,3%; IC95%: 21,8 – 24,2) em São Luís, e em Ribeirão Preto foi consulta/medicamento (11,7%; IC95%: 10,4 – 12,7). O gasto com medicamento predominou em todas as faixas de renda nas duas cidades. Dentre as crianças cobertas por plano de saúde, em São Luís 97,7% (IC95%: 96,5 – 98,6) referiram gasto com medicamento; 29,3% (IC95%: 26,3 – 32,5) com consulta; e 24,7% (IC95%: 21,9 – 27,7) com exames. Em Ribeirão Preto para os mesmos componentes verificou-se 94,6% (IC95%: 93,4 – 95,6), 16,1% (IC95%: 14,3 – 18,0) e 7,4% (IC95%: 6,2 – 8,8), respectivamente. Em São Luís, 95,2% (IC95%: 93,2 – 96,7) das crianças cobertas pela ESF demandaram das famílias gasto com medicamentos; 39,9% (IC95%: 36,0 – 43,8) com exames; e 27,5% (IC95%: 24,0 – 31,1) com consulta. Em Ribeirão Preto, esses percentuais foram de 84,7% (IC95%: 80,5 – 88,4), 6,1% (IC95%: 3,8 – 9,2) e 10,4% (IC95%: 7,4 – 14,2), respectivamente. No segundo artigo foi realizado estudo longitudinal utilizando dados da coorte BRISA com uma amostra final de 3247 crianças. Realizou-se regressão multivariada – modelo de Poisson, com inclusão das variáveis de modo hierarquizado, segundo o modelo teórico definido previamente. O desfecho foi a realização de gasto privado com medicamentos, consultas e exames, categorizado em gasto alto (com 2 ou 3 componentes) e gasto baixo (com 1 componente). Os fatores associados como risco ao gasto alto foram: maiores níveis de escolaridade da mãe (RP=1,67; IC95%: 1,34 – 2,07; e RP=1,52; IC95%: 1,13 – 2,02; p<0,001), não cobertura por plano privado (RP=1,49; IC95%: 1,23 – 1,81; e p=<0,001), realização do pré-natal em serviço particular (RP =1,47; IC 95%: 1,07 – 2.02; e p=0,01), crianças de mais de 24 meses (RP=1,33; IC95%: 1,06 – 1,68; e p=0,01), e estado de saúde da criança ruim/regular (RP=1,23; IC95%:1,03 – 1,48; e p=0,02). Tempo de aleitamento materno de 12 a 24 meses (RP=0,82; IC95%: 0,67 – 0,99; e p=0,04) associou-se de maneira protetora ao gasto alto. Demanda-se ampliar a oferta/acesso à assistência farmacêutica para crianças; avaliar o cuidado à criança na ESF; fomentar o aleitamento por mais de 12 meses; e compreender o papel dos planos de saúde no gasto privado e acesso à saúde.Os resultados demonstram diferenças significativas no gasto privado em saúde de crianças entre as cidades, sugerindo que em São Luís é menor o acesso a consultas e exames, podendo as famílias estarem mais sujeitas a riscos financeiros derivados desses gastos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS} }