@MASTERSTHESIS{ 2016:2011611572, title = {A paranoia para além da psicose : a manifestação paranoica na ausência de psicose}, year = {2016}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1728", abstract = "Diariamente assistimos cenas de violência, intolerância e conflitos de diferentes modos e intensidades, seja na televisão, na vizinhança ou, ainda, dentro de nossas casas. Autores contemporâneos de Psicanálise tem escrito a respeito de quadros paranoicos que podem se manifestar mesmo quando não há psicose. Tais quadros estão relacionados à agressividade que vemos expressas nas mais diversas formas. Então, temos como principal objetivo deste trabalho apresentar como é possível haver um quadro paranoico na ausência de psicose. Para tanto, abrimos o trabalho discutindo a noção de inconsciente estruturado como linguagem, situando o campo em que estamos trabalhando e de que sujeito tratamos no decorrer de nossa exposição. Em seguida, lançamos mão de uma apresentação do fenômeno da Verwerfung para mostrar que, embora seja um mecanismo normalmente atrelado à estrutura psicótica, está à base do próprio ordenamento simbólico de qualquer falante. Demonstramos ainda como a constituição de um Eu é propriamente paranoica ao possuir uma base rivalitária que põe em jogo uma agressividade (nem sempre) latente, de modo que pudemos apreender como isso deixa marcas que podem levar um sujeito a apresentar traços tipicamente paranoicos, mesmo que não se possa constatar uma psicose. Essa agressividade é inerente ao próprio psiquismo humano e se constitui na medida em que nosso eu – função imaginária – é fundado sobre uma base tal onde nos apreendemos primeiramente no outro. Por fim, discorremos acerca do que é a paranoia e como se manifestam fenômenos paranoicos de modo a contribuir para uma escuta na clínica para além do encerramento dos funcionamentos paranoicos somente no campo da psicose. Pudemos confirmar que fenômenos imaginários não podem ser tomados isoladamente como critério para a estrutura, e, por isso mesmo, podemos encontrar situações em que manifestações paranoicas ocorrem mesmo na ausência de psicose. Como método de trabalho, realizamos pesquisa bibliográfica, em que recorremos a leituras e releituras de Freud e de Lacan, bem como de autores que versam sobre o tema que pertencem à linha de transmissão desses. Com isso, objetivamos levantar os conceitos em questão promovendo uma interlocução entre eles para desenvolver a questão apresentada. O rigor do método em Psicanálise não está no acúmulo de dados, mas em se submeter às leis da linguagem, a fim de não nos prendermos em definições fechadas a priori e podermos nos atentar ao desenvolvimento das ideias como apresentado pelos autores, bem como ao percurso do sujeito que escreve.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }