@PHDTHESIS{ 2016:319842929, title = {Epidemiologia da leishmaniose americana da região do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses: enfoque na identificação das espécies de leishmânias e na capacidade vetorial dos flebotomíneos}, year = {2016}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1661", abstract = "Introdução. As leishmanioses constituem um grupo de doenças infectoparasitárias negligenciadas, com grande repercussão a nível mundial e nacional. No Estado do Maranhão tanto a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) como a Leishmaniose Visceral Americana (LVA) são endêmicas e apresentam grande destaque no cenário nacional. Dentro do território maranhense, uma das regiões de destaque é a do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – PNLM, cujo entorno, tem sofrido danos ambientais e ecológicos gerados pelo homem, em função das atividades diretas e indiretas do turismo. Como resultado desse processo todos os anos são registrados casos, principalmente de LTA. Objetivos. Diante desta realidade, este trabalho objetivou definir o perfil epidemiológico da LTA entre os anos de 2007 e 2013, levando em consideração os fatores demográficos (faixa etária e sexo), ocupacionais e temporais das populações acometidas (casos notificados); demonstrar através de uma ferramenta cartográfica, um mapa da distribuição espaço temporal dos casos de LTA e um mapa interativo para determinação da taxa de risco para aquisição da LT. Também se propôs estudar o ciclo de transmissão da doença, a partir da identificação das espécies de flebotomíneos, de suas fontes de sangue e de seus parasitas do gênero Leishmania, e determinar capacidade vetorial de Lu. whitmani para Le. Braziliensis e Le. Amazonenses. Metodologia. O município de Barreirinhas foi selecionado para esse estudo porque constitui a principal porta de entrada ao PNLM. Em suma, fez-se o inquérito dos casos da LTA nos arquivos do SINAN de todas as localides do município (158), no período de 2007-2013, e realizou-se coletas de flebotómineos em 62 destes povoados. As espécies foram identificadas taxonomicamente e as fêmeas analisadas a nível molecular para pesquisa de infecção natural por Leishmania e dos animais que serviram como fonte alimentar. Resultados. Foram notificados 458 casos positivos de LTA entre os anos de 2007 e 2013 predominando nos homens provenientes da zona rural e lavradores. Os casos estavam concentrados na região centrosul do município, ao longo dos anos. Houve certa expansão geográfica com o surgimento de novos focos, entretanto, foi observada a persistência das antigas áreas de ocorrência da doença. Quanto às taxas de risco, os povoados Barra do Sitio, Engenho e Manoelzinho foram os que apresentaram positividade para todas as variáveis estudadas. Já os povoados Quebra, Santa Rosa e Fumaça, ofereceram menor risco, uma vez que, quase todas as variáveis estudadas deram negativas para essas localidades. Quanto aos flebotomíneos, foram coletados 9.853 exemplares de 18 espécies, todas presentes no extradomicílio (mata) e apenas 12 ocorreram nos peridomicílios. A abundância foi maior no peridomicílio (56,2%) do que no extradomicílio (43,8%) e as fêmeas predominaram (51,4%) sobre os machos (48,6%). As espécies dominantes foram Lu. whitmani (53,83%), Lu. longipalpis (25,60%), Lu. lenti (11,69%), Lu. evandroi (5,50%) e Lu. flaviscutellata (0,87%). As infecções naturais por Le. infantum, foram encontradas em fêmeas capturadas nos peridomicílios de cinco povoados e no extradomicilio de outros dois. A espécie Lu. longipalpis, vetora de Le. infantum, mostrou uma taxa de positividade de 3,7% para esta espécie. Enquanto espécies não consideradas vetoras desta leishmânia, como Lu. lenti e Lu. whitmani mostraram taxas de infecção de 0,6% e 0,9%, respectivamente. A taxa de infecção natural por Le. braziliensis, foi detectada nos peridomicílios de duas localidades; para Lu. whitmani, considerada vetora desta espécie de Leishmania foi encontrada taxa de 0,3%. A taxa de infecção por Le. amazonensis foi de 8% para Lu. flaviscutelata obtidos nos peridomicilios de dois povoados e no extradomicilio de um apenas. Lu. whitmani foi capaz de se infectar com Le. Braziliensis e Le. Amazonenses. Para fonte alimentar foram identificados os seguintes hospedeiros: equino (9,0%), humano (1,4%), cão (27,4%), roedor (3,3%), galinha (20,9%) e porco (37,9%). Conclusão. Todos os elementos da cadeia epidemiológica das leishmanioses estavam presentes na área do presente estudo, tanto no peridomicílio como no extradomicílio, o que explica a situação endêmica da doença na região.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }