@PHDTHESIS{ 2016:1419251070, title = {Ecologia da polinização e análise da composição química do óleo floral de duas espécies de Mouriri (Melastomataceae) e sua importância na atração dos visitantes florais}, year = {2016}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1655", abstract = "Mouriri (Melastomataceae, Memecyloideae) é um gênero Neotropical com 85 espécies com síndrome de “Buzz pollination”. Embora, seja o pólen o seu principal atrativo floral, glândulas côncavas e elípticas localizadas no dorso das anteras e denominadas elaióforo são responsáveis pela produção de óleo. O presente estudo teve como objetivo estudar duas espécies de Mouriri quanto a fenologia, biologia floral, visitantes, sistemas de reprodução e identificação química dos óleos florais. Quinzenalmente (n = 10 indivíduos) foram observados de junho/2013 a junho/2014 (M. acutiflora) e dezembro/2013 a março/2015 (M. guianensis). As abelhas foram coletadas em janeiro e fevereiro/2015 (M. guianensis) e em agosto/2015 (M. acutiflora). Polinização aberta, autopolinização manual, autopolinização espontânea, polinização cruzada e apomixia foram aplicadas para os sistemas reprodutivos. Glândulas florais (n = 1800) e pernas das abelhas [(Centris (Centris) caxiensis Ducke (n = 6), Melipona (Melikerria) fasciculata Smith (n = 10) e M. (Melipona) subnitida Ducke (n = 10)] foram submetidas a extração com hexano, metiladas e analisadas por CG/EM. Mouriri acutiflora floresce de abril a setembro e frutifica de junho a novembro e M. guianensis floresce de setembro a março e frutifica de novembro a março. As espécies são autocompatíveis, não apomíticas, embora ainda apresentem dependência de polinizadores. Um total de 141 visitantes foram observados em M. acutiflora, sendo que M. fasciculata (59,79%), C. caxiensis (12,31%) e Eulaema (Apeulaema) nigrita Lepeletier (9,4%) tiveram as maiores porcentagens, representando 81,5% do total de visitas. Em M. guianensis 86 indivíduos foram registrados, principalmente Xylocopa (Neoxylocopa) cearensis Ducke (60%), M. subnitida (21,17%) e Megalopta (Amoena) amoena Spinola (9,41%) representando 98,58% de todas as visitas. O pólen foi o recurso predominantemente coletado através do mecanismo de vibração (Buzz pollination), embora o óleo floral também tenha sido disponibilizado em ambas as espécies. Melipona subnitida utilizou apenas as regiões das glândulas de M. guianensis para a vedação/proteção da entrada da colônia, indicando um possível uso das glândulas/óleo. Os visitantes, a exceção de Augochlopsis sp., Trigona sp. e vespas (Chalcidoideae) são polinizadores de Mouriri. As substâncias identificadas por CG/EM nos óleos florais foram principalmente os ácidos palmítico, esteárico, oleico, lignocérico e palmitoleico, na forma de seus ésteres metílicos. Os extratos das pernas das abelhas tiveram como principais substâncias o ácido linoleico, esteárico, oleico, palmítico e o álcool hexacosanol. Metil hexadecanoto e metil octadecanoato foram comuns aos óleos florais e pernas das abelhas, indicando possível coleta dos lipídeos. Assim, Mouriri confere uma oferta regular de recursos para os polinizadores, disponibilizando óleo floral e o pólen, sendo este o principal recurso coletado pelas abelhas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }