@MASTERSTHESIS{ 2017:87894900, title = {Pelos caminhos das águas: um estudo da hidromínia da mesorregião Norte maranhense}, year = {2017}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1617", abstract = "A ocupação de determinado espaço físico pelo ser humano e a necessidade de se localizar no ambiente geográfico fazem com que o homem nomeie esses espaços, garantindo assim sua sobrevivência. Desse modo, por meio dos estudos toponímicos, área do conhecimento que compõe a Onomástica, verifica-se a relação que se estabelece entre o ato de nomear e a cultura e a história. A Toponímia se ocupa do estudo dos nomes de lugares, cidades, aldeias etc., além de elementos geográficos. Esta pesquisar se volta, portanto, para a toponímia maranhense, com foco precisamente na hidronímia de origem indígena relativa à região compreendida pela Mesorregião Norte Maranhense que se situa dentro da Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental, na parte maranhense. Essa área, também conhecida como Frente Litorânea de expansão do espaço maranhense, reúne uma densa rede hídrica (rios, lagos, lagoas, riachos, igarapés, brejos) que permitiu/permite o deslocamento e a sobrevivência do homem na região. O Maranhão, como parte integrante do território que pertenceu, no século XVIII, ao Estado Colonial do Maranhão, possuía uma população indígena formada por cerca de 30 povos, aproximadamente 250.000 indivíduos, sendo assim um dos centros brasileiros de maior densidade de falares indígenas pertencentes a dois troncos linguísticos – Macro-Jê e Tupi-Guarani ou Macro-Tupi. Atualmente o Maranhão conta com uma população autodeclarada indígena de 37.272 indivíduos (IBGE, 2010). Considerando essa realidade, objetivamos delinear tendências gerais da hidronímia maranhense, com ênfase nos nomes de origem indígena que se inserem na área delimitada para este estudo. Para coleta dos dados realizamos, pesquisa indireta, nos acervos públicos do Estado do Maranhão, com vista à recolha de mapas antigos. Ainda, em documentos e em sites oficiais, para a busca de mapas atuais. Para obtenção do corpus, foi realizado o levantamento de: (i) a hidronímia da Mesorregião Norte Maranhense, por meio de mapas atuais do IBGE (2010) e (ii) da hidronímia em mapas do território maranhense dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, e em trabalhos de cronistas, como Claude d’Abbeville, Yves d’Évreux e Frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres Maranhão. Os estudos de Dauzat (1926), Vasconcelos (1931), Dick (1990, 1992, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007), Isquerdo (2006, 2009, 2011), Seabra (2006, 2008, 2012), Isquerdo e Seabra (2010), Rosselló i Verger (2010) e Mujika Ulazia (2010) fundamentaram esta pesquisa. Com esse material constituímos o corpus da pesquisa com: (i) mapas atuais que estão inseridos em seis microrregiões e somam 60 municípios maranhenses e corresponde a um total de 823 hidrônimos, sendo 233 de origem indígena (mais especificamente tupi – LT), 551 de origem portuguesa (LP) e 38 de origem desconhecida, que foram por nós considerados como não encontrados (NE), e (ii) mapas antigos cujos dados revelam uma considerável presença indígena na hidronímia maranhense da região investigada. Alguns exemplos bastante emblemáticos podem ser notados em Itapecuru-Mirim, Icatu, Pindaré e Mearim. Os dados ainda apresentaram as taxionomias Fitotopônimos e Zootopônimos, de natureza física, como as mais recorrentes. Desse modo a influência do ambiente (vegetais e animais) foi significante na nomeação dos hidrônimos coletados. Com base nesses dados, foi possível entender a relação que o homem estabelece com a língua, a cultura e o ambiente, uma vez que o topônimo, como parte do léxico de uma língua, reflete valores e crenças de uma comunidade linguística.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }