@PHDTHESIS{ 2015:1057765229, title = {O fetichismo do software livre e a reestruturação produtiva da atualidade}, year = {2015}, url = "http://tedebc.ufma.br:8080/jspui/handle/tede/1524", abstract = "Este trabalho trata da relação contraditória entre o Software Livre e o Software Proprietário, mostrando que, no contexto histórico no qual está inserida a problemática apresentada, existe uma reestruturação produtiva e nela se insere o fenômeno pesquisado. Para isso, considerou-se que essa reestruturação apresenta-se como resposta a uma crise estrutural, e que é nesse contexto que surge a idealização da colaboração em massa, com a singularidade do desenvolvimento de Software Livre/Código Aberto (SL/CA). No decorrer desta exposição, essa reestruturação produtiva é qualificada como uma grande transformação social e histórica, que envolve luta de classes. Conforme mostrado neste estudo, a maioria dos conceitos a respeito do SL/CA foram cunhados por intelectuais orgânicos do capital, que demonstram uma clara sinalização com os interesses de classe, tendo em vista transformações necessárias à burguesia. A partir disso, analisou-se os discursos dos defensores do Software Livre, deixando claro o seu interesse em disseminar postulados das ideologias dominantes, as quais atribuem às tecnologias poderes emancipatórios e independência classista. Pôde-se observar que a narrativa da colaboração em massa, apresentada por muitos teóricos como uma nova forma de organização da produção, em que as tecnologias assumiriam um papel central na sociedade, mistifica os reais processos de transformação social, visando possibilitar uma maior acumulação para o capital. Assim, mostrou-se que no domínio do trabalho imaterial e da colaboração em massa a luta de classes continua permanente. Verificou-se que na perspectiva do discurso de uma revolução técnico-científica, onde as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação são colocadas como o instrumental necessário para as transformações sociais e econômicas, a colaboração produtiva de cariz informacional busca utilizar a força de trabalho de voluntários para servir aos interesses do capital, e que, desta maneira, o resultado do trabalho coletivo dos assalariados e dos voluntários desse processo, sob a coordenação e o suporte financeiro de instituições públicas, privadas e do terceiro setor, torna-se propriedade do capital. Constatou-se que, de uma forma geral, os códigos computacionais de caráter livre são subsumidos ao capital, passando a alimentar o desenvolvimento de sistemas de licenciamento restritivo, os chamados sistemas proprietários. Deste modo, ficou claro que um sistema computacional do tipo livre, mesmo que aparentemente esteja à margem da lógica do capital e do lucro privado, torna-se funcional às novas estratégias de restauração da estrutura do capital. Demonstrou-se, então, que o Software Livre e o Software Proprietário formam uma unidade, uma relação orgânica, uma relação dialética fundada na criação da fábrica de software. Deste modo, à medida que se desenvolve o Software Proprietário, desenvolve-se também o Software Livre e vice-versa. Assim, prova-se que existe uma unidade entre a produção de SL/CA e o desenvolvimento de sistemas proprietários, de maneira que um não existe sem o outro. É isso o que faz com que toda grande invenção no Software Livre seja seguida de um incremento no Software Proprietário e que cada acréscimo no Software Proprietário, por sua vez, conduza a novas invenções livres. De onde pode-se concluir que a produção colaborativa de software está incorporada ao universo do modo de produção capitalista", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL/CCSO} }