@PHDTHESIS{ 2025:420006026, title = {ESTEATOSE HEPÁTICA METABÓLICA EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, ESTIMATIVA DOS GRAUS DE FIBROSE E FATORES ASSOCIADOS À PROGRESSÃO}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6674", abstract = "A esteatose hepática metabólica (EHM) acomete cerca de 30% da população mundial e mais de 60% dos indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), representando causa crescente de morbimortalidade hepática e cardiovascular. Em populações miscigenadas, como a brasileira, os determinantes metabólicos e genômicos da fibrose hepática ainda não estão completamente esclarecidos, o que dificulta a estratificação de risco e a adoção de estratégias personalizadas de manejo. Os objetivos foram investigar os fatores clínicos, laboratoriais e genômicos associados à fibrose hepática em pacientes com DM2 e EHM atendidos em um serviço de referência em endocrinologia no Nordeste do Brasil, e avaliar a acurácia de métodos não invasivos para detecção de fibrose avançada. Foi um estudo transversal conduzido entre julho de 2022 e fevereiro de 2024, com adultos portadores de DM2 e diagnóstico confirmado de EHM por elastografia transitória (FibroScan®). A pesquisa foi estruturada em dois eixos: o primeiro eixo analisou 240 pacientes, avaliando fatores clínico-epidemiológicos e laboratoriais associados à fibrose hepática e o desempenho dos testes não invasivos FIB-4 e MAF-5; o segundo eixo avaliou 212 pacientes para investigar a associação entre ancestralidade genômica (europeia, africana e nativo-americana) e a gravidade da fibrose e da esteatose hepática, com base em marcadores informativos de ancestralidade e dados obtidos pela elastografia transitória No primeiro capítulo, o sexo feminino (OR ajustada = 2,69; p = 0,005), a obesidade (OR ajustada = 2,23; p = 0,009) e níveis elevados de AST, ALT e GGT foram independentemente associados à presença de fibrose hepática, mesmo após ajustes multivariados. Os escores FIB4 e MAF-5 apresentaram boa acurácia na predição de fibrose significativa, demonstrando utilidade clínica em contextos com recursos limitados. No segundo capítulo, a ancestralidade europeia predominou (56,5%), seguida da africana (26,0%) e da nativo-americana (17,5%). Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre a ancestralidade genômica e a gravidade da fibrose ou da esteatose hepática (p > 0,05). Esses achados reforçam que a disfunção metabólica, particularmente obesidade e dislipidemia, é o principal determinante da progressão da doença hepática, independentemente da composição genômica individual em populações altamente miscigenadas. Em adultos com DM2 e EHM, a gravidade da fibrose hepática é determinada predominantemente por fatores metabólicos independentes da ancestralidade genômica. O uso de testes não invasivos, como o FIB-4, mostrou-se eficaz para a triagem de fibrose avançada em cenários de saúde pública, enquanto a análise genômica não indicou influência da ancestralidade no curso da doença. Esses resultados reforçam a importância do controle metabólico rigoroso e da abordagem clínica integrada no manejo da EHM em pacientes diabéticos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA/CCBS} }