@MASTERSTHESIS{ 2025:1124504767, title = {Centro Educacional do Maranhão - CEMA São Luís (1969 – 1990): entre memórias e representações da docência e discência televisiva}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6671", abstract = "Nesta dissertação comunica-se resultados da pesquisa intitulada: CENTRO EDUCACIONAL DO MARANHÃO - CEMA SÃO LUÍS (1969 – 1990): entre memórias e representações da docência e discência televisiva. Para a investigação escolheu-se como objetivo geral: analisar o percurso histórico do CEMA em São Luís-MA, no período de 1969 a 1990, atentando às memórias e representações que emergem desse processo. A questão central que norteou a investigação foi: quais memórias e representações podem ser apreendidas no percurso histórico do CEMA, em São Luís, no período 1969-1990? Metodologicamente, situa-se na dimensão da História Cultural, no domínio da História da Educação, campo temático da História do ensino televisivo no Maranhão. Trata-se de uma pesquisa do tipo básica e exploratória, fundamentada em procedimentos bibliográfico, documental e de campo. Na pesquisa de campo incorporou-se a técnica da História oral. Como instrumentos de recolha de dados, usou-se análise documental e entrevistas semiestruturadas. Os participantes da pesquisa constituíram-se de 5 (cinco) orientadores de aprendizagem que atuaram nas telessalas do CEMA; 3 (três) orientadoras de aprendizagem que atuaram como supervisoras;1 (uma) orientadora de aprendizagem que atuou como diretora e 3 três técnicos de produção e filmagem que participaram do processo de implantação da TVE-MA em São Luís, atualmente todos aposentados; e 06 ex-alunas do CEMA. Apoiou-se em autores como Bourdieu (1930, 1977, 1997a, 1998), Chartier (1989, 1990, 1999, 2001, 2002a, 2006), Faria Filho (2004), Ferrés (1996), Viñao Frago (1995, 2000), Hanburger (1998) e Magalhães (2004). Sobre os resultados, identificou-se que as memórias e representações da TVE-MA sintetizam-se em duas dimensões: Memórias institucionais – legado do CEMA como projeto pioneiro, apesar das limitações estruturais; e representações identitárias – autopercepção dos orientadores e orientadoras de aprendizagem como professores (as), mesmo sem reconhecimento formal. Que podem ser organizadas em várias categorias, refletindo tanto as experiências dos participantes quanto o contexto educacional e social da época, a saber: inovação educacional, acesso à educação, identidade profissional dos orientadores de aprendizagem, cultura escolar e comunidade, desafios e dificuldades. Concluiu- se que o CEMA emergiu como um paradoxo histórico: implantado sob um regime autoritário, tornou-se espaço de resistência pedagógica, democratizando o acesso à educação e promovendo inclusão em contextos periféricos. Sua eficácia revelou-se não apenas na redução do déficit educacional maranhense, mas na construção de uma identidade escolar singular, pautada na erradicação do analfabetismo e na educação integral. Os orientadores de aprendizagem, apesar do não reconhecimento formal, consolidaram-se como agentes educativos cruciais, cujas práticas e memórias desvelam a complexidade de atuar sob repressão política. O uso pioneiro do ensino televisivo e a inovação metodológica transcenderam limitações estruturais, deixando um legado que ultrapassa o período ditatorial: um modelo pedagógico transformador, marcado pela capacidade de articular demandas sociais urgentes com propostas educativas emancipatórias. As memórias e representações do CEMA o consagram como um modelo pioneiro de transformação educacional, que transcendeu barreiras políticas e sociais. Assim, o CEMA inscreveu-se não como mera política pública, mas como símbolo de resiliência e prova de que a educação pode florescer mesmo em solos áridos.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II/CCSO} }