@MASTERSTHESIS{ 2025:631860948, title = {O controle social e o direito fundamental à saúde em tempos de covid-19 no Maranhão.}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6570", abstract = "O controle social no Sistema Único de Saúde (SUS) é um pilar fundamental da democracia participativa, assegurando a a atuação da sociedade na formulação, fiscalização e implementação das políticas de saúde. Durante a pandemia da COVID 19, o controle social revelou-se ainda mais essencial para garantir a transparência e a efetividade das ações governamentais, na gestão da crise sanitária e na equidade no acesso aos serviços de saúde. Essa dissertação teve como objetivo analisar a atuação do CESMA no período de 2019 a 2023, investigando sua eficácia na garantia do direito fundamental à saúde durante a pandemia da COVID-19. Fundamentado na Constituição Federal de 1988 e nas Leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, o estudo partiu da hipótese de que a participação popular precisava ser fortalecida para assegurar transparência, equidade e eficiência na gestão do SUS, especialmente em momentos de crise sanitária. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, com método jurídico-descritivo e jurídico-diagnóstico, baseando-se na análise documental de normas jurídicas, atas do CESMA e relatórios de gestão. A metodologia incluiu revisão sistemática pelo protocolo PRISMA, utilizando bases de dados oficiais, como o Fundo Nacional de Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão. Os resultados demonstraram que, embora o CESMA tenha desempenhado um papel relevante na deliberação e fiscalização das políticas de saúde, sua atuação foi limitada por fatores como a falta de autonomia institucional, interferências políticas e restrições na fiscalização das unidades de saúde. Esses desafios comprometeram a efetividade do controle social e evidenciaram fragilidades na governança participativa do SUS no Maranhão. A pandemia da COVID-19 acentuou tais dificuldades, tornando ainda mais evidente a necessidade de aprimoramento dos mecanismos de controle social para garantir uma gestão eficiente e equitativa dos recursos públicos. A discussão dos achados fundamentou-se na teoria da democracia deliberativa de Jürgen Habermas, que enfatiza a importância da participação pública na tomada de decisões. Argumentou-se que um controle social mais robusto, com maior autonomia financeira e estrutural, poderia contribuir para a efetivação do direito à saúde. A pandemia revelou não apenas a vulnerabilidade dos sistemas de saúde, mas também a necessidade de aprimorar os mecanismos de participação popular, garantindo maior transparência na aplicação dos recursos e efetividade na execução das políticas públicas. Concluiu-se que o fortalecimento do CESMA era essencial para consolidar a governança democrática na saúde, promovendo maior inclusão e fiscalização efetiva das políticas públicas. Recomendou-se a ampliação do acesso à informação, a criação de mecanismos mais eficazes de fiscalização e a implementação de estratégias que garantissem a independência dos conselhos de saúde frente ao poder executivo. A pesquisa contribuiu para o debate sobre a governança participativa no SUS, ressaltando desafios e propondo caminhos para aprimorar o controle social e a efetivação do direito à saúde, especialmente em momentos de crise sanitária.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE DIREITO/CCSO} }