@PHDTHESIS{ 2025:692784183, title = {Cuminaldeído como alternativa terapêutica para cistite intersticial induzida por ciclofosfamida: avaliação das propriedades analgésica e anti- inflamatória}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6503", abstract = "INTRODUÇÃO: A cistite intersticial (CI), também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, é caracterizada por dor pélvica crônica e sintomas urinários incapacitantes, com resposta limitada às terapias convencionais. O cuminaldeído, um composto orgânico encontrado no cominho e na canela, tem sido estudado por suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, devido à sua capacidade de modular a resposta inflamatória e reduzir a sensibilização das vias nociceptivas. Estudos pré-clínicos sugerem que o cuminaldeído pode inibir a produção de citocinas pró-inflamatórias e apresentar efeitos antioxidantes, contribuindo para a proteção das células uroteliais. Nesse contexto, destaca-se a importância da docagem molecular como ferramenta fundamental para o estudo de compostos com potencial terapêutico, permitindo prever interações com alvos moleculares relacionados à dor e inflamação, otimizando a seleção de candidatos para análises em modelos experimentais. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos analgésicos e anti-inflamatórios do cuminaldeído em modelo de CI induzida por ciclofosfamida em ratos. MÉTODOS: Foi realizada docagem molecular do cuminaldeído com proteínas-alvo associadas a vias inflamatórias para avaliar a afinidade e interações moleculares. Experimentalmente, os ratos foram divididos em 8 grupos (n=5 cada). Grupo SHAM: animais saudáveis sem indução de cistite e sem tratamento; Grupo cistite: indução de cistite por ciclofosfamida e tratados com solução salina 0,9%; Grupo cuminaldeído 2,5 mg/kg (7 dias): indução de cistite e tratamento com cuminaldeído 2,5 mg/kg/dia por 7 dias; Grupo cuminaldeído 2,5 mg/kg (14 dias): indução de cistite e tratamento com cuminaldeído 2,5 mg/kg/dia por 14 dias; Grupo cuminaldeído 5 mg/kg (7 dias): indução de cistite e tratamento com cuminaldeído 5 mg/kg/dia por 7 dias; cuminaldeído 5 mg/kg (14 dias): indução de cistite e tratamento com cuminaldeído 5 mg/kg/dia por 14 dias; Grupo meloxicam 2,5 mg/kg: indução de cistite e tratamento com meloxicam 2,5 mg/kg/dia. A dor foi avaliada por Von Frey e a escala de Grimace; citocinas IL-1β e IL-10 foram quantificadas por ELISA, além da avaliação histológica e contagem do número absoluto de mastócitos. RESULTADOS: O cuminaldeído apresentou boa afinidade de ligação com as proteínas avaliadas, destacando-se a 3RZE (-6,9 kcal/mol) e a 3ODU (-6,8 kcal/mol). As interações observadas reforçam seu potencial como modulador de alvos relacionados à dor e inflamação, destacando-o como candidato terapêutico promissor. Na avaliação do limiar de dor pelo teste Von Frey, observou- se alta frequência de resposta nos grupos induzidos nas fases iniciais. Houve diferença estatisticamente significante (p = 0,0006) entre o grupo tratado com 5 mg/kg por de cuminaldeído por 7 dias e o grupo não tratado, indicando melhora no limiar nociceptivo com o tratamento. Não houve diferença estatisticamente significante nos demais dados comportamentais entre os grupos ao longo do tratamento. Os níveis de IL-1β estavam elevados nos animais induzidos sem tratamento, enquanto o tratamento com cuminaldeído reduziu significativamente esses níveis (p<0,05), sugerindo que houve inibição de citocinas pró- inflamatórias. Houve também aumento de IL-10 nos animais tratados, sugerindo possível ativação dos mecanismos anti-inflamatórios endógenos favorecendo um equilíbrio e modulando a resposta imune. Observou-se redução significativa no número de mastócitos nos animais tratados com 5 mg/kg de cuminaldeído por 7 dias, em comparação ao grupo não tratado (p = 0,014), com evidente melhora dos achados histológicos. CONCLUSÃO: O cuminaldeído demonstrou efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e uroprotetores no modelo de síndrome da bexiga dolorosa, com aumento do limiar nociceptivo, redução de mastócitos e modulação de citocinas (↓IL-1β; ↑IL-10). A docagem molecular reforça seu potencial terapêutico, configurando-o como uma alternativa promissora para o manejo da dor e inflamação nessa condição.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA - RENORBIO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS/CCBS} }