@MASTERSTHESIS{ 2025:1154719892, title = {Cosmopercepções, territorialidade, racismo ambiental: conflitos ontológicos nas compreensões territoriais quilombolas em Monge Belo, Itapecuru-Mirim/MA}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6349", abstract = "O Brasil tem em si uma vasta ocupação territorial e uma população extremamente múltipla, de maioria autodefinida como parda ou negra, com um número significativo populacional distribuído em comunidades tradicionais quilombolas. Compreendendo este perfil, o objetivo geral deste estudo se volta a analisar os fundamentos do racismo ambiental relacionado a processos de licenciamentos ambientais de grandes empreendimentos em comunidades tradicionais quilombolas, concebendo-os como territórios condicionados à cosmofobia colonizadora. O caminho metodológico foi estruturado a partir de uma pesquisa exploratória bibliográfica e documental, confluindo a teoria crítico-científica com a história oral, tendo como campo amostral a Comunidade Quilombola Monge Belo localizada no município de Itapecuru- Mirim/MA, na faixa de transição da Amazônia legal, compondo a APA Upaon- Açu/Miritiba/Alto Preguiças com uma área de 2,857.18 ha. O município é reconhecido dentro do Maranhão como uma das referências em densidade demográfica composta por comunidades tradicionais quilombolas, onde das 60.440 pessoas registradas no censo do IBGE (2022), 14.511 eram quilombolas. Onde muitas dessas comunidades, no processo legal estadual tem seu território perpassado por grandes empreendimentos, como é o caso da Estrada de Ferro Carajás na Comunidade Quilombola Monge Belo. Enfrentando ao mesmo tempo situações de conflito territorial com latifundiários. Junto a ela, compõe as amostras a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular – SEDIHPOP, responsável pela supervisão dos processos de licenciamento e se propõe a garantir a realização da consulta aos povos e comunidades tradicionais, com elaboração de um roteiro de perguntas abertas, em local e horário previamente combinado. O primeiro capítulo da dissertação resgata a constituição histórica da Comunidade Quilombola Monge Belo. O segundo capítulo apresenta análises sobre as categorias de território desde a geografia, passando pela antropologia e chegando ao sentido dado à comunidade. Por fim, o terceiro capítulo apresenta a proposta de análise dos processos de licenciamento ambiental a partir da vivência da Comunidade Quilombola Monge Belo, atravessada pela proposta de desenvolvimento dos grandes empreendimentos. Mediante isto, foi possível reconhecer o processo de licenciamento em uma dinâmica de intervenções estruturais nomeadas como sustentáveis e globalizadas, executando significativas mobilizações na territorialidade das comunidades, enquanto os territórios seguem sem a materialização de políticas públicas efetivas, o que de modo geral condiciona estes espaços a subjugação do racismo ambiental, favorecido por processos de licenciamento como mecanismo de controle territorial.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH}, note = {COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURAS EM CIENCIAS HUMANAS SÃO BERNARDO/CSB} }