@MASTERSTHESIS{ 2025:2004054612, title = {Museologia decolonial: um olhar para museu de artes visuais do Maranhão}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6327", abstract = "A decolonialidade é um campo em construção e em disputa, tanto no aspecto teórico quanto prático, um projeto acadêmico-político de problematização e desobediência que se estabelece como enfrentamento à modulação do ser, do saber e do poder. Logo, sua aplicabilidade na museologia requer confrontar o status de santuário designado à preservação da memória, que se mantém isolado da desordem do mundo. Essa é uma inversão retórica que camufla a produção e reprodução de injustiças sociais históricas, por meio da projeção de neutralidade que dissimula o campo de batalha ideológica, política e econômica no qual está imersa. Nesse sentido, a presente investigação se insere na Linha de Pesquisa 2 (dois): Cultura, Educação e Tecnologia, tendo como objetivos identificar as ações decoloniais e as contribuições para a diversidade e a equidade desenvolvidas pelo Museu de Artes Visuais do Maranhão. Dessa forma, a pesquisa fundamenta-se em uma investigação interdisciplinar, com dois níveis de análise: o primeiro foca no acervo disponível para contemplação, com recorte para o espaço dedicado aos povos originários, afro-maranhenses e às mulheres; o segundo investiga as práticas cotidianas e as perspectivas de artistas contemporâneos, como Pablo Monteiro, Silvana Mendes, Ingrid Barros, Gê Viana e Genilson Guajajara, em relação à museologia maranhense, utilizando a decolonialidade como método. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica a fim de construir um diálogo entre a museologia e a decolonialidade, discutindo a intersecção entre História, Memória, Patrimônio Cultural e suas relações de poder. A metodologia incluiu observação direta, aplicação de questionários aos estagiários e entrevistas com a atual gestão do Museu e os artistas mencionados, compondo um percurso de análise voltado para as possíveis contribuições para o pensar e o fazer decolonial na museologia. Destaca-se, assim, a importância da insurgência na Educação Patrimonial para a ruptura da colonialidade, uma vez que promove uma política de ações e reflexões em favor da equidade, respeitando as diferenças e os diferentes. Conclui-se, portanto, que a museologia decolonial está assentada em uma utopia emancipatória, que não requer somente um giro, mas uma gira, uma vez que a função gira é confluir múltiplas presenças e saberes, desfazendo o desmantelo cognitivo promovido pelo carrego colonial. Um ebó de reencarnamento que nos auxilia a pensar nossos processos identitários, assim como um melhor reconhecimento de nossos fratrimônios. Essa é uma perspectiva ainda distante do contexto maranhense, visto que o estudo revelou a falta de autonomia administrativa do Museu de Artes Visuais do Maranhão, dificultando a adoção de diretrizes decoloniais. Destacou-se também a precarização das casas de cultura maranhenses e o apagamento da arte local, configurando práticas de epistemicídio. Defende-se o museu como espaço estratégico de dignidade, diversidade e transformação social, apontando a necessidade de políticas públicas que fortaleçam processos museológicos decoloniais e ampliem o direito ao imaginário.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE TURISMO E HOTELARIA/CCSO} }