@PHDTHESIS{ 2024:268572837, title = {ANÁLISE DE SOBREVIDA DE PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS EM HOSPITAIS DO BRASIL}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6297", abstract = "A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2. Esse vírus tem alta transmissibilidade e pode desenvolver pneumonia severa que se manifesta como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a qual impacta a sobrevida dos pacientes. Esta tese se propôs a analisar os fatores associados e as potenciais interações entre os preditores com a sobrevida de pacientes hospitalizados por SRAG por COVID-19 no Brasil. Foram utilizados dados de adultos e idosos notificados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SIVEP-Gripe) do Ministério da Saúde. O primeiro artigo analisou a sobrevida de pacientes com SRAG por COVID-19 hospitalizados, apontando os grupos de risco ao óbito por COVID-19 a partir da identificação de potenciais interações entre os seus preditores. Trata-se de estudo longitudinal retrospectivo com dados de 1.756.917 casos internados entre 16 de fevereiro de 2020 e 31 de dezembro de 2022. A análise da árvore de sobrevivência foi utilizada para identificar possíveis interações entre os preditores. Foi construído um modelo para cada ano de estudo. A taxa de letalidade foi de 33,2%. Menor sobrevida foi observada entre aqueles que realizaram ventilação mecânica invasiva e tinham 80 anos ou mais nos três anos de pandemia. Raça/cor preta e parda foram preditores de óbitos nos anos de 2020 e 2021 quando houve maior demanda do sistema de saúde devido ao maior número de casos. O objetivo do segundo artigo foi analisar a influência dos fatores individuais e contextuais do hospital e do município de assistência sobre a sobrevida de pacientes com SRAG por COVID-19. Trata-se de uma coorte de base hospitalar com 159.948 casos internados em 2022. Para a variáveis contextuais foram utilizadas informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, indicadores dos municípios que compõem o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades - Brasil e o Índice Desigualdades Sociais para COVID-19 proposto pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz). O desfecho foi a sobrevida hospitalar em até 90 dias. Árvore de sobrevida e regressão de Cox foram utilizados para analisar a sobrevida. A árvore de sobrevida identificou 8 grupos com diferentes probabilidades de sobrevivência. Pacientes idosos submetidos à ventilação mecânica invasiva e internados em cidades com baixo percentual de arrecadação de impostos apresentaram maior risco de óbito quando comparados aos adultos (p < 0,001), que não receberam ventilação mecânica e foram internados em hospitais não vinculados ao SUS. O objetivo do terceiro artigo foi analisar a influência da organização e constituição dos estabelecimentos hospitalares - da rede SUS ou não -, e suas repercussões na sobrevida de pacientes com SRAG por COVID-19. Trata-se de uma coorte hospitalar com 159.948 casos internados em 2022. Em hospitais com vínculo com o SUS, 32,7% dos internados evoluíram a óbito contra 21,4% de serviços não SUS. Foi menor a sobrevida dos pacientes internados no SUS (p < 0,001), sendo seus preditores a ventilação mecânica invasiva, idade, porte do hospital e internação em UTI. Enquanto que entre aqueles em hospitais não SUS, além dessas variáveis, também foram preditores a região, taxa monitor de ECG/leitos e taxa médicos/leitos. Conclui-se que fatores individuais e contextuais influenciam a sobrevida desses pacientes, revelando desigualdades não apenas no cuidado direto ao paciente, mas também na organização, funcionamento e desempenho dos serviços hospitalares. Sendo necessário rever e modificar a relação entre os sistemas público e privado brasileiro e fortalecer o sistema público, a fim de reduzir ainda mais as iniquidades observadas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS} }