@PHDTHESIS{ 2024:1000932652, title = {ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA: PSYCHODIDAE) EM ÁREAS DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E TRANSMISSÃO DE LEISHMANIOSES DA AMAZÔNIA ORIENTAL}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6204", abstract = "Introdução/Justificativa. As leishmanioses são doenças endêmicas no Maranhão, onde são causadas por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania (Kinetoplastida; Trypanosomatidae) transmitidas por várias espécies de flebotomíneos. Essas enfermidades apresentam altas prevalências na Amazônia Maranhense, incluindo áreas onde os vetores ainda não foram estudados. No território maranhense, a região da Amazônia, localiza-se na Mesorregião oeste do Maranhão, constituída por 35% da paisagem. Com área de transição entre as regiões amazônica (úmida) e nordeste (semi-árida), favorece grandes contrastes pluviométricos anuais. Objetivos. Neste estudo, analisou-se a composição, riqueza, abundância e frequência mensal e sazonal das espécies de flebotomíneos em áreas florestais com diferentes graus de degradação e assentamentos rurais com registros de casos de leishmanioses. Metodologia. Foram feitas capturas sistematizadas dos flebotomíneos nos municípios de Santa Luzia (área pouco degradada), Senador La Rocque (moderadamente degradada) e Governador Nunes Freire (muito degradada). Os flebotomíneos foram capturados em três noites consecutivas, uma vez por mês, durante 24 meses, com o uso de armadilhas luminosas tipo CDC, instaladas das 18 às 6 horas, em fragmentos florestais e nos abrigos de animais domésticos. Resultados. Foram registradas 35 espécies de flebotomíneos, distribuídas em 13 gêneros. O mais diversificado foi Evandromyia (10 espécies), seguido por Psathyromyia (5), Pressatia (3), Psychodopygus (3), Brumptomyia (2), Lutzomyia (2), Micropygomyia (2), Nyssomyia (2), Pintomyia (2), Bichromomyia (1), Migonemyia (1), Sciopemyia (1) e Viannamyia (1). As espécies mais abundantes foram Ny. whitmani (32,33%), Ev. evandroi (14,89%), Lu. longipalpis (12,45%), Br. avellari (6,73%), Pi. damascenoi (6,59%) e Mg. migonei (6,46%). A riqueza de espécie prevaleceu na área moderadamente degradada (22 espécies), do que na muito degradada (16) e completamente degradada (11). Em todas as áreas, a riqueza de espécies foi maior nos fragmentos florestais do que nos peridomicílios rurais, exceto naquela, cujo fragmento florestal estava muito degradado. A abundância de indivíduos foi maior em todos os peridomicílios. Os flebotomíneos ocorreram o ano todo, com picos de abundância na estação chuvosa e na transição com a estação seca, mas em meses diferentes, de acordo com as áreas. Houve inversão de dominância das espécies entre as estações; e correlação positiva com a precipitação pluviométrica em Governador Nunes Freire (rs = 0.8252; p = 0.0009) e Senador La Rocque (rs = 0,4308; p = 0,1620); e correlação negativa com a temperatura em Santa Luzia (rs = -0,7122; p = 0.0093). Os vetores Bi. flaviscutellata, Ny. whitmani, Mg. migonei e Lu. longipalpis comportaram-se como espécies constantes, justificando sua relevância na epidemiologia das leishmanioses. Conclusão. Os flebotomíneos ainda são representativos nos fragmentos florestais remanescentes degradados, mas a abundância aumenta nos assentamentos rurais adjacentes, sobretudo na estação chuvosa. Esses novos ambientes oferecem aos vetores oportunidades de abrigos e fontes de alimentos necessárias para a reprodução e proliferação. Em consequência, as leishmanioses mudam o seu perfil epidemiológico, incidindo nas populações humanas que residem nos assentamentos infestados. Os órgãos de vigilância devem atentar para essas informações, úteis na implantação de estratégias de controle vetorial das leishmanioses, observando os ambientes, meses e estações de maior abundância vetorial, nas áreas estudadas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }