@MASTERSTHESIS{ 2025:237651925, title = {Análises dos efeitos do óleo da semente de açaí (Euterpe oleracea Mart.) em modelo de colite/câncer colorretal}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6163", abstract = "Introdução: A Euterpe oleracea Mart. (açaí) é uma palmeira amazônica com compostos bioativos de potencial antioxidante, anti-inflamatório e antitumoral. O câncer colorretal, uma das neoplasias mais incidentes, apresenta alta taxa de mortalidade. Embora o açaí seja estudado por seus efeitos benéficos em diversas condições, ainda há lacunas sobre seu potencial na prevenção e tratamento do câncer colorretal. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a toxicidade crônica e os efeitos farmacológicos do óleo da semente de açaí (Euterpe oleracea Mart.) em um modelo experimental de colite-associada ao câncer colorretal. Material e métodos: O fruto de Euterpe oleracea Mart. foi coletado em outubro de 2022 no Parque da Juçara (São Luís, Maranhão) e armazenado congelado até o processamento. A polpa e a fibra foram removidas, e a semente foi macerada em moinho de facas para obtenção do pó, seguido de extração do óleo pelo método de Soxhlet. O perfil dos ácidos graxos foi identificado por Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massa (CG-EM) com o óleo esterificado. Nos ensaios in vivo de toxicidade crônica, 10 camundongos Swiss (5 machos e 5 fêmeas) receberam 1000 mg/kg/dia do óleo, via oral, por 90 dias, conforme protocolo N408 da OECD, com adaptações. Foram monitorados o consumo de ração e a evolução ponderal. Após a eutanásia, amostras de sangue foram coletadas para análises hematológicas e órgãos (fígado, rins, baço e útero) foram examinados macroscopicamente e histopatologicamente. No modelo de colite/câncer colorretal, 28 camundongos Swiss foram distribuídos em quatro grupos: controle negativo e três grupos preventivos (100, 300 e 1000 mg/kg do óleo, via oral, diariamente). O tratamento preventivo iniciou 30 dias antes da indução do câncer colorretal com uma dose única de 10 mg/kg de Azoximetano (AOM, via intraperitoneal), seguida por três ciclos de Dextran Sulfato de Sódio (DSS, 2,0% ad libitum por 5 dias, intercalados com 2 semanas de água). Após a indução, os animais foram acompanhados por 50 dias, seguidos de 20 dias adicionais de tratamento com o óleo usando as doses supracitadas. Durante o experimento, o consumo de ração e a evolução ponderal foram monitorados. Após a eutanásia, o cólon foi analisado quanto à presença e número de pólipos tumorais, fragmento foram separados para atividade de mieloperoxidase e níveis de glutationa total. Além disso, fígado, rins, baço e cólon foram pesados e submetidos a análises macroscópicas e histopatológicas. O estudo obteve o Certificado do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFMA) no Processo n° 23115.035913/2023-50. Resultados: Dez compostos foram identificados no óleo de semente de EO, sendo ácidos graxos saturados (54,78%) e ácidos graxos insaturados (44,81%). A análise por CG/MS identificou como compostos majoritários: (i) ácido oleico (24,97%), mirístico (23,75%), palmítico (19,88%) e linoleico (18,36%). Quanto a toxicidade do óleo na concentração de 1000 mg/kg, não houveram alterações hematológicas e não houve alterações histopatológicas. Quando ao modelo de colite/câncer colorretal, os animais em relação ao tempo apontaram períodos de significância no aumento do peso em relação ao período do tratamento. Quanto aos pesos dos órgãos houve diferenças significativas no peso corporal dos animais em relação ao controle negativo no fígado no preventivo 300 mg/kg (p= 0,0269), rins no preventivo 300 mg/kg (p= 0,0477), baço no preventivo 300 mg/kg (p= 0,0196) e cólon no preventivo 1000mg/kg (p=0,0361). A celularidade dos órgãos linfoides também não apresentou alterações estatisticamente significativas entre os grupos. Houve redução significativa na relação peso relativo e comprimento do cólon no grupo preventivo 1000 mg/kg o (p= 0,0499) em relação ao controle negativo. A atividade de MPO não sofreu mudanças significativas, porém os níveis de GSH aumentaram, especialmente no grupo tratado com 1000 mg/kg, diminuindo um possível efeito antioxidante. Na análise histopatológica, o grupo controle apresentou mucosa colônica preservada, enquanto os grupos tratados com 100 mg/kg e 1000 mg/kg apresentaram adenomas e adenocarcinomas invasivos, além de hiperplasia hepática e alterações renais, já o grupo 300 mg/kg demonstrou evidência mononuclear no cólon, mas também regeneração da mucosa. Conclusão: Os resultados preliminares do efeito do óleo de E. oleracea observou o óleo não apresentou toxicidade na maior concentração e houve regeneração tecidual na concentração do grupo preventivo 300 mg/kg. Essas descobertas indicam que seus componentes bioativos podem influenciar a progressão tumoral, ressaltando a necessidade de estudos adicionais para elucidar seus mecanismos de ação.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DO ADULTO}, note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS} }