@MASTERSTHESIS{ 2025:351203366,
 	title = {Perfil molecular do gene NOTCH1 em tumores de pênis},
 	year = {2025},
 	url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6147",
 	abstract = "O câncer de pênis (CaPe) é uma neoplasia rara, porém frequente em países em
 desenvolvimento com alta vulnerabilidade socioeconômica. O estado do Maranhão apresenta
 a maior incidência global já registrada, configurando um grave problema de saúde pública.
 Pesquisas recentes identificaram o gene NOTCH1 como um dos mais frequentemente
 mutados no CaPe, podendo impactar significativamente sua expressão. O NOTCH1 pode
 exercer funções distintas, promovendo ou suprimindo o crescimento e a proliferação tumoral,
 a depender do contexto celular. O objetivo deste estudo foi identificar alterações genômicas no
 gene NOTCH1 em amostras de tumor primário e metástase linfonodal de CaPe. Trata-se de
 um estudo retrospectivo com amostras de pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de
 CaPe, submetidos a procedimentos cirúrgicos em três hospitais de referência em São Luís,
 MA. Os dados clínicos e histopatológicos foram obtidos por meio de revisões histológicas, e
 as análises do número de cópias e da expressão gênica de NOTCH1 foram realizadas por
 qPCR, utilizando o método do ΔCt comparativo. Foram analisados 64 casos de tumores de
 pênis (30 com metástase e 34 sem metástase linfonodal). A maioria dos pacientes tinham mais
 de 60 anos, baixa escolaridade, baixa renda, residia na zona rural e apresentava higiene
 precária. A fimose foi observada em 40% dos casos com metástase e 38,2% nos sem
 metástase. As lesões estavam predominantemente na glande (40% no grupo com metástase) e
 na glande e prepúcio (41,2% nos casos sem metástase), com grau de diferenciação G3 em
 90% dos casos com metástase e 61,8% dos casos sem, e infiltrado linfocitário em 96,6% dos
 casos com metástase e 96,9% dos casos sem metástase. Observou-se uma alta frequência de
 HPV, presente em 62,5% dos casos, e o genótipo de alto risco (16, 18 e 31) foi o mais
 frequente, em ambos os grupos. O hábito de fumar esteve diretamente associado à maior
 ocorrência de mutações no gene NOTCH1 (P=0.010), e a relação entre o estado de NOTCH1 e
 a extensão extranodal foi estatisticamente significativa (p = 0,048). A expressão gênica de
 NOTCH1 no tumor primário foi significativamente menor em comparação ao tecido saudável
 (p = 0.0006), bem como no tecido de metástase linfonodal (p = 0.008). Essa diminuição
 esteve associada a uma pior sobrevida livre de doença (Log rank p = 0.03725) e à presença de
 transformação sarcomatoide, tanto no tecido do tumor primário (p = 0.011) quanto no de
 metástase linfonodal (p = 0.006). Este é o primeiro estudo a realizar análises do gene
 NOTCH1 no CaPe, revelando resultados inéditos.Os resultados mostram que o tabagismo
 esteve associado ao ganho no número de cópias do gene NOTCH1, e que a expressão gênica
 de NOTCH1 encontra-se reduzida tanto nos tecidos de tumor primário quanto na metástase
 linfonodal, em comparação ao tecido saudável. Essa redução na expressão esteve relacionada
 à presença de transformação sarcomatoide e à uma pior sobrevida livre de doença, sugerindo
 participação deste gene na progressão tumoral do CaPe e com potencial biomarcador",
 	publisher = {Universidade Federal do Maranhão},
 	scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DO ADULTO},
 	note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS}
}