@MASTERSTHESIS{ 2025:1367120540, title = {Desenvolvimento de uma formulação pour on da associação do óleo essencial de Citrus aurantium var amara L. com ivermectina para o controle de nematódeos gastrointestinais}, year = {2025}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6074", abstract = "Os nematódeos gastrintestinais (NGI) afetam significativamente a economia pecuária ao comprometer a saúde dos bovinos, sendo tradicionalmente controlados com anti-helmínticos sintéticos. No entanto, o uso indiscriminado desses fármacos tem levado ao aumento da resistência parasitária, tornando necessário o desenvolvimento de novas estratégias para otimizar sua eficácia. O óleo essencial de Citrus aurantium var. amara (OECa) pode apresentar efeito sinérgico contra parasitos e favorecer a permeação transdérmica de fármacos. Assim, este estudo avaliou a eficácia anti-helmíntica da combinação do OECa com ivermectina (IVM), tanto in vitro quanto in vivo, contra NGI de bovinos naturalmente infectados. O estudo incluiu a análise do OECa por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa. A atividade anti-helmíntica foi avaliada in vitro por meio do teste de desenvolvimento larval (TDL), expondo larvas L1 a diferentes concentrações do óleo, da ivermectina e da combinação de ambos. Para os testes in vivo, foi desenvolvida uma formulação pour-on contendo óleo essencial e ivermectina, utilizando óleo vegetal de girassol como excipiente. A estabilidade da formulação foi avaliada em diferentes temperaturas. Por fim, a eficácia anti-helmíntica foi analisada em bovinos naturalmente infectados, por meio do teste de redução da contagem de ovos fecais (RCOF). As análises estatísticas foram realizadas com cálculo de médias e desvio padrão. A análise química identificou o limoneno (59,94%) e a carvona (4,93%) como os principais constituintes do óleo. O ensaio in vitro de TDL revelou que o OECa apresentou uma IC50 (concentração inibitória média) de 0,554 ± 0,006 mg/mL, enquanto a ivermectina isolada teve uma IC50 de 2,432 ± 0,053 ng/mL. A combinação dos compostos demonstrou sinergismo, com um Synergy Score (SS) de 14,71 e um Combination Sensitivity Score (CSS) de 65,58. Uma formulação pour-on da combinação do OECa com IVM foi desenvolvida utilizando óleo vegetal de girassol como excipiente, mantendo-se estável por três meses sob diferentes temperaturas (5 °C, 25 °C e 37 °C), sem separação de fases ou degradação, e com pH constante (5,0). No bioensaio in vivo, a formulação contendo a associação do OECa com IVM reduziu a excreção de ovos nas fezes em 40,60%. Contudo, ao avaliar os diferentes gêneros de nematódeos, observou-se que o OECa isolado foi altamente eficaz contra Haemonchus spp. (93%, IC 95%: 90–96), enquanto a combinação com ivermectina resultou em uma redução de 88% (IC 95%: 84–93). Para Cooperia spp., a combinação apresentou menor eficácia (20% IC 95%: 14– 27) em comparação à ivermectina isolada (40% IC 95%: 29–51). Da mesma forma, contra Oesophagostomum spp., a combinação teve efeito modesto (9% IC 95%: 6–11), enquanto a IVM isolada foi mais eficaz (51% IC 95%: 48–55). Os resultados indicam que o OECa apresenta atividade anti-helmíntica promissora, especialmente contra Haemonchus spp., e pode atuar sinergicamente com a ivermectina. No entanto, sua eficácia in vivo contra outros gêneros foi limitada. Pesquisas adicionais são necessárias para otimizar futuras formulações e explorar seu potencial na terapia anti-helmíntica.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS} }