@MASTERSTHESIS{ 2024:399996060, title = {A SITUAÇÃO SOCIOECONÔMICA E O CONSUMO DE AÇÚCARES PODEM EXPLICAR A ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E CÁRIE EM ADOLESCENTES? UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL, SÃO LUÍS}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5908", abstract = "A depressão é a segunda principal causa de morte em pessoas de 15 a 29 anos em todo mundo e sua associação com as outras Doenças Não-transmissíveis (DNTs) do campo físico parece ocorrer num sentido bidirecional. Assim, determinantes sociais da pobreza que agem na depressão aumentam o risco do desenvolvimento de outras DNTs e os fármacos utilizados para o tratamento das DNTs podem agravar os sintomas psiquiátricos, especialmente na fase adulta. A cárie é uma DNT de alta prevalência global sendo também explicada pela pobreza e, o alto consumo de alimentos ricos em açúcares de adição, tem um papel crucial na etiologia da doença. Além disso, o consumo de açúcares está relacionado a transtornos mentais, o que pode ser associado a vários mecanismos que vão desde inflamação corporal gerada pela hiperglicemia até alterações neurobiológicas que podem causar transtorno de recompensa relacionado a substâncias. Dessa forma, considerando que a adolescência se constitui como uma janela de oportunidades para a consolidação de hábitos que podem perpetuar por toda a vida e que a cárie e a depressão são DNTs que compartilham fatores de risco comuns, hipotetizamos que existe uma correlação entre estas duas doenças, desencadeadas por seus fatores de risco comuns, como o consumo de açúcares e a situação socioeconômica. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar correlação entre cárie e depressão, analisando caminhos que partem da situação socioeconômica e do consumo de açúcar em amostra populacional de adolescentes. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimento pertencente ao consórcio de coortes RPS, envolvendo o seguimento com adolescentes entre 18 e 19 anos (n=2515), que nasceram em 1997/1998 na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil.O modelo teórico explorou como desfechos a cárie e a depressão, bem como as variáveis explicativas: Situação socioeconômica e o consumo de açúcares de adição. Além disso, foi considerada no modelo a correlação entre cárie e depressão. A variável latente Situação socioeconômica foi deduzida da variância compartilhada entre escolaridade do chefe da família e do adolescente, renda familiar mensal e classe econômica. O consumo de açúcares de adição foi formado pelo somatório de consumo de açúcares de adição em g/dia. O diagnóstico de depressão foi mensurado pelo Questionário Mini International Neuropsychiatric Interview - M.I.N.I. A cárie foi analisada pelo número de dentes cariados, perdidos e obturados – Índice CPOD, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pior situação socioeconômica aumentou o consumo de açúcar (CP= 0,05; p <0,001) e a depressão (CP= 0,088; p= 0,013). O consumo de açúcar teve efeito direto tanto na depressão (CP= 0,075; p= 0,024) quanto na cárie (CP= 0,049; p= 0,016), além de efeito indireto na cárie via IPV (CP= 0,007; p=0,016). O CPOD e a depressão foram correlacionados entre si (CP= 0,068; p= 0,041). Os nossos achados sugerem que há uma associação entre a cárie e a depressão em adolescentes, explicados por fatores de riscos comuns como menor situação socioeconômica e pelo maior consumo de açúcar, que podem explicar a coocorrência dessas duas condições. Dessa forma, os esforços para reduzir a carga de doenças crônicas devem começar precocemente na vida e se direcionarem a fatores de risco comuns.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA II/CCBS} }