@MASTERSTHESIS{ 2024:1422484996, title = {INSTINTO MATERNO? A cristalização da identidade feminina na maternidade}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5849", abstract = "A partir do século XVIII, mais especificamente em 1760, que começou a existir o incentivo de um novo tipo de relação entre pais e filhos, marcado pelo cuidado e afeto tal como conhecemos hoje e o amor e instinto materno. Ao passo em que a ideia de infância foi sendo desenvolvida como uma etapa de cuidados especiais, a concepção de instinto materno, do amor sacrificial da mãe por seus filhos e a mulher passa a ser valorizada. Neste contexto, percebe-se a forte influência da religião, do Estado e da ciência na naturalização da maternidade e concepção desta como instintiva. Esta dissertação de mestrado objetivou investigar de que forma é construído o discurso de naturalização do instinto materno e como este fenômeno ainda é consolidado nos dias de hoje e qual a sua função no cenário atual. Por meio de um estudo qualitativo fundamentado na analítica fenomenológica de Martín Heidegger, a pesquisa buscou compreender o que investigam os estudos em psicologia na atualidade acerca do fenômeno instinto materno. A investigação incluiu um levantamento bibliográfico da produção científica em psicologia, a descrição e interpretação das principais compreensões sobre o instinto materno, articuladas à uma compreensão fenomenológica-existencial sobre o fenômeno na modernidade. Os resultados destacaram a carência de artigos sobre o fenômeno em questão, demarcando a necessidade de ampliar os campos de pesquisa acadêmica para além dos estudos voltados à compreensões advindas do campo das ciências naturais. Para análise dos resultados, foram construídas três categorias de sentido: família: unidade social indiscutível; Mães normativas e a patologização da experiência materna; A mulher, em sua condenação. A pesquisa concluiu que o fenômeno instinto materno vem sendo utilizado como estratégia de reorganização social e controle em diversos momentos da história. A regressão da mulher ao doméstico e ao natural ganha novos revestimentos na atualidade, embora anuncie com frequência o mesmo: papéis de gênero tradicionalmente fixados na lógica binária do ser homem versus o ser mulher em sociedade.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA/CCH} }