@PHDTHESIS{ 2024:294895555, title = {Padrões espaciais, estrutura e dinâmica da comunidade meiofaunal de diferentes substratos na região litorânea do Golfão Maranhense}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5553", abstract = "A zona costeira é um ambiente em constante mudança e que está sob influência direta de processos naturais e ações humanas. É composta por diversos ecossistemas, como lagunas costeiras, praias e restingas, que são essenciais para a biodiversidade e oferecem vários recursos para as populações humanas. No entanto, o rápido crescimento urbano e atividades humanas desordenadas ameaçam a região, tornando-a uma das áreas mais ambientalmente vulneráveis do mundo. A meiofauna bêntica, composta por organismos microscópicos que habitam os sedimentos, desempenha um papel crucial nos ecossistemas costeiros. Ela exerce um papel importante no fluxo de energia nos sistemas bênticos, servindo como alimento para outros organismos, além de ser usada como indicador de qualidade ambiental. Apesar disso, as comunidades meiofaunais são pouco estudadas no Brasil, especialmente na região Nordeste e na Costa Amazônica. Considerando a importância ecológica desse componente do bento, o presente estudo teve como objetivo descrever os padrões espaciais, a estrutura e a dinâmica das comunidades meiofaunais na região litorânea do Maranhão (Brasil). Para isso, foram realizadas coletas de substratos na Ilha do Medo, Laguna da Jansen, Praia do Araçagy, Praia do Calhau e Praia de São Marcos, em áreas de restingas, bancos de areia e poças de maré. Uma análise cientométrica também foi realizada para verificar o interesse científico em estudos acerca da influência da heterogeneidade espacial na colonização de diferentes substratos por organismos meiofaunais (Capítulo 1). A análise revelou que as macroalgas são o substrato mais frequentemente estudado, especialmente a invasora Sargassum muticum (Yendo) Fensholt (1955). Os Estados Unidos e o Brasil são os países mais produtivos nessa área de pesquisa. Análises multivariadas, especialmente o Escalonamento Multidimensional Não Métrico (nMDS), são comumente usadas. Nos últimos anos, houve um declínio no número de estudos, possivelmente devido ao surgimento de linhas de pesquisas mais atrativas para os meiobentologos. Também foi analisado o papel da arquitetura do habitat de Spartina alterniflora Loisel (1807) e Ulva lactuca Linnaeus (1753) na estruturação das comunidades meiofaunais do Golfão Maranhense (Capítulo 2). Os resultados indicaram que a complexidade estrutural afetou a riqueza, mas não a densidade da meiofauna. S. alterniflora, o substrato mais complexo, abrigou uma maior abundância e riqueza de táxons meiofaunais do que U. lactuca. Por fim, foram avaliados os padrões de distribuição espacial da meiofauna em três áreas com diferentes níveis de perturbação (Capítulo 3). Foram identificadas diferenças significativas na distribuição espacial da meiofauna em função da perturbação antropogênica. A área mais poluída visualmente (Laguna da Jansen) apresentou densidade e riqueza maiores do que o esperado. O estudo sugere que a Praia do Calhau (área classificada como moderadamente impactada) sofre impactos ambientais significativos. Dentre as variáveis ambientais consideradas nesse estudo, a salinidade, matéria orgânica, tamanho do grão do sedimento e concentração de nitrato, foram as que mais influenciaram a estrutura da comunidade meiofaunal. Ainda há pouco conhecimento sobre as dinâmicas das comunidades meiofaunais na região costeira do Maranhão, de modo que estudos futuros são necessários para compreender as relações entre a meiofauna e o substrato, além dos processos estruturantes desta comunidade biológica.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM REDE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }