@PHDTHESIS{ 2024:2067717087, title = {Avaliação do potencial biotecnológico do óleo da semente de Euterpe oleracea Mart. In vitro e In vivo e da sua nanoemulsão}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5384", abstract = "O óleo da semente de açaí, Euterpe oleracea Mart., é rico em ácidos graxos insaturados, saturados, monoinsaturados e polinsaturados com atividade anti- inflamatória, antioxidante, antimicrobiana, antinociceptiva, anticancerígena, antiaterogênica e cicatrizante. A semente do açaí é um resíduo produzido após o despolpamento, sendo fonte de compostos bioativos; assim, se faz necessário estudar suas propriedades farmacológicas e contribuir para o desenvolvimento sustentável. O objetivo deste foi avaliar o potencial biotecnológico do óleo da semente de Euterpe oleracea Mart. - in vitro e in vivo - e da sua Nanoemulsão. Os frutos utilizados foram coletados no Parque Ecológico do Maracanã (Parque da Juçara), em São Luís, Maranhão. Amostras da planta foram coletadas entre os meses agosto e novembro, e realizada confecção da exsicata, devidamente armazenada no Herbário Rosa Mochel. Posteriormente, o óleo foi extraído com solvente n-hexano em extrator Soxhlet e analisado como ésteres metílicos, pesando-se 100 mg do óleo para análise do perfil cromatográfico por cromatografia gasosa combinada com espectrometria de massa (CG-EM) para identificação dos ácidos graxos e sua caracterização físico- química. Após conhecer a físico-química do óleo, foi desenvolvida a nanoemulsão de óleo de semente de açaí (NE-OEO) a partir do cálculo do Equilíbrio Hidrofílico Lipofílico (EHL), seguido da análise de estabilidade, caracterização química e morfologia. Para determinar o tamanho médio das partículas e o índice de polidispersão, as formulações foram avaliadas através da técnica de espalhamento dinâmico de luz (Nano ZS, Malvern Instruments Ltd., UK) e do Potencial Zeta no equipamento Nano ZS (Malvern Instruments Ltd., UK). Tanto o óleo quanto a NE-OEO mostraram padrões físico-químicos dentro da normalidade. Ou seja, o óleo mostrou acidez (0,3556± 0,0003), umidade (1,25±1,64), índice de saponificação (189 ± 1,04), índice de refração (1,4707±0,00005), resíduo de incineração (cinzas) (0,42±0,42) e densidade (0,928±0,00005). E a NE-OEO mostrou os padrões normais quanto tamanho das gota (238,37 ± 3,96), homogeneidade (PDI) (0,38 ± 0,38), potencial Zeta (-9,59 ± 0,11), pH (7,0 ± 0,00.) e turbidez (0,267± 0,00). Com relação aos compostos fenólicos, NE-OEO apresentou maior concentração, 146,00 ± 0,259 mg, enquanto o óleo foi de 127,40 ± 0,449 mg EAG g-1 de compostos fenólicos, e flavonoides totais foram encontrados os valores 62,62 ± 0,930 mg para o óleo e 113,80 ± 0,454 mg EQ g-1 para a NE-OEO. A atividade antioxidante foi comprovada a partir do EC50 avaliado no ensaio de DPPH e ABTS, sendo, no DPPH, o óleo 375,698 μg/mL, e nanoemulsões com EC50 significativamente menor, equivalente a 229,845 μg/mL. O controle Trolox, apresentou um EC50 ainda mais baixo. No teste ABTS, o EC50 do óleo de açaí foi de 272,0208 μg/mL, enquanto as nanoemulsões de óleo de açaí apresentaram um valor de EC50 ainda menor, medindo 201,2895 μg/mL. O Trolox também apresentou um EC50 significativamente mais baixo em comparação com óleo e NE-OEO, esses dados confirmam a capacidade antioxidante do óleo e sua NE-OEO. Foram realizadas análises in vitro nas linhagens celulares não tumorais macrófagos RAW 264.7 de camundongo, e queratinócitos humano HaCat e linhagens tumorais de câncer cervical SiHa (HPV-16) e HeLa (HPV-18). As linhagens não tumorais foram tratadas com concentrações (7.8 a 1000 ug/mL) do óleo e NE-OEO por 24, 48 e 72 horas, e as células tumorais foram tratadas com concentrações (0,631 a 100 ug/mL) do óleo, feitas as análises de viabilidade celular, morte celular, morfologia, cicatrização e clonogenicidade. Após as análises in vitro, foi analisado o efeito do óleo e da NE- OEO da semente de açaí em in vivo em camundongo Swiss fêmeas. Os animais foram tratados com diferentes concentrações do óleo (100, 200 e 300 mg/kg) e NE-OEO (100 mg/kg) aplicados 0,5 mL intraperitonealmente em com quinzenalmente. O óleo da semente de açaí é rico em polifenois, flavonoides, ácidos graxos saturados (49,27%l) e ácidos graxos insaturados (50,73%), dentre os quais os ácidos graxos insaturados, 29,73% são monoinsaturados, 20,85% são poliinsaturados. Os ácidos graxos láurico, mirístico (C14:0), palmítico, linoleico, e oleico, foram os majoritariamente identificados. Ensaio de viabilidade com MTT ((3-(4,5- Dimethylthiazol-2-yl)-2,5- diphenyltetrazolium bromide)) demonstrou efeito citotóxico do óleo na linhagem de câncer cervical SiHa (HPV-16) e HeLa (HPV-18) e não citotóxico nas linhagens não tumorais HaCat, bem como o óleo e NE-OEO não foram citotóxico para a linhagem não tumoral RAW 264.7. O óleo da semente de açaí induziu alterações morfológicas nas células HeLa e SiHa, induzindo redução de viabilidade celular, inibiu a migração celular e formação de colônia nas linhagens celulares de câncer cervical. O ensaio com anexina V-FITC evidenciou morte celular por apoptose inicial e tardia em 24 e 48 hs após tratamento com o óleo da semente de açaí. Nos experimentos in vivo, o uso óleo na dose de 100, 200, 300 mg/kg e NE-OEO na dose 100 mg/kg não foram tóxicos para os animais, de acordo os padrões normais vistos no fígado e rim; além disso, não interferiu no comportamento e peso dos animais, no entanto, induziram resposta imunomoduladora com aumento significativo de IL10 e IL17. Nossos resultados sugerem o potencial biotecnológico do óleo e da NE-OEO em atividade antitumoral para câncer cervical, e em desenvolvimento de sistemas coloidais para entrega de fármacos. Além disso, o aproveitamento do resíduo da semente de açaí contribuirá tanto para a economia local, quanto para o desenvolvimento sustentável.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA - RENORBIO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA/CCBS} }