@MASTERSTHESIS{ 2024:332112619, title = {Medidas invasivas realizadas em pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos em terapia intensiva}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5350", abstract = "Introdução: O câncer representa um grave problema de saúde pública no Brasil, onde mais da metade dos pacientes são diagnosticados em estágio avançado da doença. A racionalização de medidas terapêuticas deve tomar lugar de destaque no seguimento destes pacientes, uma vez que prolongar o processo já iniciado de morte pode gerar sofrimento desnecessário. O objetivo deste estudo é avaliar as intervenções invasivas realizadas em pacientes com câncer avançado internados em UTI. Metodologia: Estudo observacional, transversal, com abordagem quantitativa, realizada com pacientes portadores de câncer avançado e internados em UTIs de hospitais oncológicos, no Estado do Maranhão. Foram utilizadas as escalas de Supportive And Palliative Care Indicators (SPCIT) para avaliar a indicação de CP, Eastern Cooperative Oncologic Group/Performace de Karnofsky (ECOG/KPS) e Índice de Comorbidade de Charlson (ICC) para avaliação da gravidade, descrição dos procedimentos invasivos realizados e aplicação da pergunta surpresa. A associação entre os dados obtidos foi testada através dos testes de qui-quadrado, regressão logística, regressão de Poisson e curva de sobrevivência. Resultados: As principais características encontradas nessa amostra foram: a maioria de adultos/idosos, câncer ginecológico (22,7%), trato gastrointestinal (22,7%) e mama (13,8%), com metástase (90,0%), quimioterapia paliativa (65,3%), SPICT positivo (99,0%), graves com escore 4 de KPS/ECOG (61,0%) e com escore 6 no ICC (93,0%), com 85,0% de resposta “Não” para a pergunta surpresa e associação de significância com o desfecho óbito, além de estarem sem acompanhamento dos CP (96,0%) e sem diretivas de vontades (99,0%). Sonda vesical de demora (SVD), acesso venoso central (CVC), ventilação mecânica (VM) e droga vasoativa (DVA) foram os procedimentos invasivos mais realizados, com SVD como fator de proteção e razão de chance (OR) de 0,23 e VM como fator de risco e OR de 3,39 para óbito. Na regressão de Poisson a VM apresentou uma razão de prevalência (RP) de 197,0% e DVA de 162,0% para o desfecho óbito. A média de internação dos pacientes foi de 10,3 dias e 54,5% evoluíram para óbito. Conclusões: Conclui-se que os pacientes com câncer avançado, metastático, com critérios de elegibilidade para CP, considerados graves foram encaminhados a UTI e submetidos a procedimentos invasivos como SVD, CVC, DVA, VM e mesmo assim 54,5% evoluíram a óbito em poucos dias de internação. Além de não ter sido solicitado avaliação/acompanhamento pela equipe de CP.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DO ADULTO}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS} }