@MASTERSTHESIS{ 2023:1770007023, title = {As terras de Monge Belo: as práticas locais e o design participativo relacional na produção dos colorantes naturais}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5318", abstract = "O Maranhão destaca-se por ser um dos estados que abrigam um dos maiores índices relacionados à ocorrência de comunidades quilombolas do Brasil, cenário propício a conflitos relacionados a questões fundiárias. Em contraponto a essa situação, muitas comunidades quilombolas destacam-se também como locais de resistência por meio de seus saberes tradicionais e das riquezas em biodiversidade do território. O quilombo de Monge Belo é um desses exemplos. Situada no município de Itapecuru Mirim, no Maranhão, a comunidade tem como fonte de renda e sustento principal a atividade de subsistência e destaca-se pelo trabalho desenvolvido por um grupo de mulheres que fazem pinturas em cisternas com o uso de colorantes minerais. A partir das práticas de correspondências, trazidas por Ingold (2013), um modo relacional de estar no mundo, tivemos os primeiros contatos com o grupo de mulheres e com o material. Dessa forma, identificamos oportunidades de pesquisa ao detectarmos recursos locais (colorantes e mordentes) como potenciais matérias-primas a serem utilizadas nessa produção, fomentando dessa forma as dimensões ambientais de sustentabilidade e autonomia na produção dos colorantes naturais. Posto isso, a presente pesquisa objetivou contribuir, por meio do Design participativo relacional e seguindo princípios do designantropologia (Gatt e Ingold, 2013), para a sistematização e cocriação de processos que envolvem a produção de colorantes naturais na comunidade de Monge Belo, com foco na autonomia produtiva das mulheres, pautadas pelo princípio da autopoesis de Escobar (2016). Para isso, utilizamos como abordagem metodológica o MDD (Material Driven Design) proposto por Karana et al. (2015), metodologia que aborda os aspectos tangíveis e intangíveis de um material e tem como foco as experiências vivenciadas a partir desse contato. Como auxílio a estas etapas, realizamos testes em laboratórios (UFMA e ED-UEMG) relacionados à colorimetria, fixação das cores e morfologia do tecido antes e após os tingimentos, o que nos propiciou uma visão mais técnica e procedimental sobre os materiais estudados. Por fim, temos o retorno à comunidade para realização da prototipação de tingimentos com os colorantes e mordentes e assim finalizamos o processo do intercâmbio de saberes. Os resultados são apresentados por meio da triangulação de dados e demonstram as percepções apreendidas por pesquisadoras e copesquisadoras em campo, aliadas à teoria apresentada, resultando a partir destes, em um novo tipo de conhecimento. E, por meio desse processo colaborativo em campo, a eficácia dos colorantes e mordentes naturais de Monge Belo puderam ser atestadas como potenciais matérias-primas no processo de tingimento natural, contribuindo assim à sustentabilidade ambiental e ao processo de autonomia das mulheres, assim como novas outras possibilidades foram elencadas para estudos futuros.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN/CCET}, note = {DEPARTAMENTO DE DESENHO E TECNOLOGIA/CCET} }