@MASTERSTHESIS{ 2024:2058762376, title = {As mortes reveladoras das colonialidades na poética da escritora maranhense Mariana Luz}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5311", abstract = "Com a preocupação de refletir a literatura maranhense como espaço simbólico das representações e temas e, sobretudo, de colocar em tela discussão que permita a visibilidade dos sujeitos marginalizados, em especial, dos corpos considerados não-hegemônicos pelo sistema-mundo moderno/colonial/capitalista/patriarcal como as pessoas idosas, com deficiência, doentes e mulheres, optou-se pela obra poética da escritora maranhense Mariana Luz (1871-1960). Observando com atenção a fortuna crítica acerca da obra luziana, não havia leitura pormenorizada sobre como as mortes (simbólica e física), dos sujeitos subalternizados, revelam as colonialidades da sociedade brasileira, estruturada a partir da Matriz Colonial de Poder (MCP), na produção poética da autora. Em face disso, para realizar este trabalho, optou se pela proposta dos estudos decoloniais como agência de análise para entender como o oprimido, diante da lógica colonial da desumanização, perde sua identidade e sucumbe. Assim, para responder à problemática “Como as mortes dos sujeitos subalternizados revelam as colonialidades na obra poética de Mariana Luz?”, como corpus, foram selecionados 13 poemas das obras Murmúrios (1960) e Folhas soltas (2014), da autora maranhense, com o objetivo geral de investigar de que modo a poesia luziana pode ser tomada como de resistência, uma vez que transforma a literatura como instrumento de análise social. E, de forma específica, primeiro, evidenciar como Mariana Luz pode ser considerada um sujeito decolonial ao desligar-se da MCP mediante o movimento de publicação; segundo, analisar como as mortes simbólica e física, dos sujeitos subalternizados, na obra poética luziana, desvelam as colonialidades na interseccionalidade de raça, gênero, classe, etariedade; e, por último, centrado na colonialidade de gênero, analisar como as mortes do sujeito feminino são retratadas na poesia de Luz, na sociedade patriarcal brasileira, em especial, maranhense. Nesse sentido, para a realização desta pesquisa de classificação básica, seguiu-se as seguintes etapas: (i) pesquisa bibliográfica acerca dos estudos decoloniais, literatura maranhense e fortuna crítica das obras de Mariana Luz por meio de levantamento bibliográfico e revisão de literatura; (ii) pesquisa documental na visita ao acervo digital da Biblioteca Pública Benedito Leite, de São Luís; (iii) quanto à abordagem, a pesquisa é qualitativa, pois não se preocupa com representatividade numérica e sim com o aprofundamento da compreensão do objeto, ou seja, a análise do corpus. A fundamentação teórica baseou-se em estudiosos decoloniais como Aníbal Quijano (2005, 2007, 2009), Walter Mignolo (2007, 2017 2021), Bernardino-Costa, Maldonado-Torres e Grosfoguel (2020), Lélia Gonzalez (2018, 2019, 2020), María Lugones (2014, 2020), Heleieth Saffioti (1987, 2002), entre outros; acerca da obra luziana, Jucey Santana (2014), José Neres (2017), Gabriela Santana e Rafael Quevedo (2018), Cristiane Tolomei (2019) e Gabriela Santana (2021); e Alfredo Bosi (1987, 2002) e Antonio Candido (2009, 2011) a respeito da literatura de resistência e de seu papel social. Diante disso, verificou-se como Mariana Luz desestabilizou pré-conceitos sobre os sujeitos oprimidos, reexistindo, além da perspectiva colonizante, tanto como pessoa quanto escritora. Ademais, observou-se como a obra poética luziana, por meio da temática da morte, desvela as colonialidades que hierarquizam, desumanizam e matam os sujeitos coloniais.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacabal}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }