@MASTERSTHESIS{ 2024:1187590792, title = {Ações afirmativas e povos indígenas no ensino superior: uma análise da dimensão social e simbólica da permanência de estudantes indígenas na Universidade Federal do Maranhão}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5310", abstract = "Esta pesquisa se insere na linha de pesquisa “História, Políticas Educacionais e Formação Humana”, do grupo de pesquisa “Política, Gestão Educacional e Formação Humana” do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão – UFMA e tem por objetivo compreender a educação superior aos povos indígenas no Brasil e de como este processo vem acontecendo na UFMA. A configuração construída no campo estatal e universitário brasileiros em torno das políticas de educação superior aos povos indígenas se estabeleceu em relações multidimensionais, globais e nacionais em uma sociedade marcada pela histórica hierarquização social de raças, etnias e culturas. Este estudo visa analisar a política de ações afirmativas aos povos indígenas nesta universidade, com foco na dimensão social e simbólica do processo de permanência dos estudantes indígenas nos cursos de graduação. A dimensão epistemológica desta pesquisa incluiu a base teórica da perspectiva de Bourdieu (1996) e nos seus estudos sobre campo social, habitus e capitais, incorporando um diálogo constante com conhecimentos indígenas e pesquisas das realidades da educação superior indígena e do processo de colonização do Brasil, tais como as produções de Baniwa (2019), Krenak (2020), Munduruku (2026), Lima (2018), Lima e Barroso (2013), Brostolin e Cruz (2010), Coelho (2006), Oliveira (2018), Santos (2009), Santos e Meneses (2009), Souza (2013), entre outros. A permanência estudantil no ensino superior como elemento da política de ações afirmativas, em uma abordagem que integra as condições materiais e as condições simbólicas de permanência, se apoiou na teoria de afiliação universitária de Alain Coulon (2008; 2017), pesquisas como as Baniwa (2019), de Borges (2019), Santos (2009), Amaral (2012), Renault (2019), em uma constate reflexão quanto as especificidades da permanência dos estudantes indígenas como um grupo que deseja realizar trocas, diálogos e mudanças no campo universitário, mas manter-se diferenciado em suas racionalidades, modos de ver, conhecer e sentir o mundo. A pesquisa é quanti-qualitativa e utiliza como procedimento metodológico e instrumentos para coleta de dados, as técnicas de revisão bibliográfica, de levantamento e análise documental e de entrevistas semiestruturadas com sete estudantes indígenas dos cursos de Medicina e Odontologia. A reflexão sobre a UFMA dentro de um campo universitário e estatal (etnocêntrico) possibilitou perceber as variadas relações de poder, forças, lutas entre agentes sociais diversos, dentro e fora do campo. Os resultados da pesquisa sinalizam para um discurso de secundarização quanto ao acesso e permanência de estudantes indígenas na UFMA, até hoje presente, e visualizado pelas poucas menções desta pauta nos últimos Planos de Desenvolvimento Institucional. Os dados estatísticos do acesso de estudantes indígenas, no período de 2007 a 2021, revelam taxas de ocupação baixas e taxas de desistência elevadas. A permanência dos estudantes entrevistados sinaliza vivências e experiências marcadas por estranhamentos mais intensos no que tange ao processo de afiliação universitária, muitas vezes adiado, por limitações e obstáculos sociais, econômicos, simbólicos e pela estrutura do subcampo da UFMA estar mais alinhada aos capitais legitimados de uma fração dominante das classes dominantes da sociedade brasileira.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II/CCSO} }