@MASTERSTHESIS{ 2024:1144527259, title = {Prejuízos metabólicos e comportamentais tardios decorrentes de exposição intrauterina e neonatal à diabetes mellitus gestacional}, year = {2024}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5284", abstract = "O diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla caracterizado por um quadro de hi- perglicemia associada a distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. As alterações nesta doença são metabólicas e estruturais atingindo diversos tecidos. Quando a do- ença ocorre durante a gestação, denomina-se, diabetes gestacional (DG), sendo considerada a complicação mais comum durante a gravidez, e caracterizada por uma intolerância à glicose durante o período gestacional. Além de trazer prejuízos para a gestante, o DG estabelece um ambiente intrauterino adverso para o feto, predispondo-o ao desenvolvimento futuro de doenças crônicas não transmissíveis, como doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e doen- ças neurodegenerativas. Estas alterações metabólicas e neurológicas ainda são pouco elucidadas e, principalmente são poucos estudos que investigam essas repercussões tardias do DG compa- rado ao Diabetes mellitus tipo 2. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo, inves- tigar o desenvolvimento de problemas metabólicos e comportamentais em ratos adultos expos- tos ao DG no período intrauterino e neonatal. Inicialmente, 16 casais de ratos Wistar foram postos em acasalamento monogâmico e, após a constatação da gestação no 13o dia, as ratas foram divididas em dois grupos para a indução do DG: um grupo que permanecia controle composto por 6 ratas que receberam apenas uma dose de solução salina, e um grupo diabetes gestacional composto por 10 ratas que receberam uma única dose de estreptozotocina (STZ; 40 mg/Kg,; i.p,). Após o desmame, a prole dessas ratas foi dividida em: grupo controle (CTR), constituído por ratos adultos com uma nutrição padrão e filhos de mães sem intervenção; grupo DM tipo 2 (DM2), constituído por ratos filhos de mães sem intervenção e que, na vida adulta, receberam solução de sacarose 40% (12 semanas) para indução de DM2 (controle positivo de alterações metabólicas e comportamentais); e grupo DG, constituído por ratos com uma nutri- ção padrão e filhos de ratas que receberam STZ. Nos três grupos de ratos, avaliou-se a morfo- metria corporal, perfil glicêmico e lipídico, resistência à insulina, avaliação histopatológica he- pática, ansiedade e processamento cognitivo. Em nossos resultados, as mães desenvolveram DG com perda de peso, hiperglicemia severa e RI. A partir disto, evidenciou-se na prole DG uma redução de nascimentos, peso e hiperglicemia neonatal. Na vida adulta, o grupo DG de- senvolveu várias doenças crônicas, como: diabetes, marcada por hiperglicemia, dislipidemia e resistência à insulina, sem obesidade; DHGNA, caracterizada por prejuízos à função hepática e esteatose microvesicular com inflamação lobular e balloning; além de ansiedade e déficits de cognição. Por sua vez, o grupo DM2 apresentou obesidade, alterações metabólicas mais severas que o DG e uma DHGNA mais amena, composta apenas por esteatose. Os problemas compor- tamentais foram semelhantes entre os grupos DG e DM2. Desta forma, demonstramos que con- dições adversas durante o período gestacional e neonatal, como o DG, são determinantes para o desenvolvimento futuro de alterações metabólicas e prejuízos neurológicos, mesmo que o indivíduo mantenha uma nutrição saudável após o aleitamento.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DO ADULTO}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS} }