@MASTERSTHESIS{ 2023:1077018418, title = {MORTALIDADE PELA COVID-19 NO MARANHÃO E EXCESSO DE ÓBITOS NO BRASIL}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5268", abstract = "Introdução: O número de casos de contaminação pelo novo coronavírus, deflagrou uma ameaça a milhões de vidas em todo o mundo, e a pandemia da COVID-19 se tornou a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional de disseminação mais rápida, extensa e desafiadora desde a Segunda Guerra Mundial. Objetivo: Analisar os óbitos pela COVID-19 no Maranhão nos anos de 2020 - 2022 e o excesso de óbitos no Brasil, nos anos de 2021-2022. Método: Estudo ecológico do total de óbitos e mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19, no período de março de 2020 a dezembro de 2022, a partir dos registros do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). E o excesso de mortes por COVID-19, no Brasil, no período de 2021 e 2022, a partir dos registros do SIM, com base no local de residência de 2015 a 2022 disponíveis no SIM, acessados no último dia 14 de setembro de 2023. Resultados: No Maranhão, ocorreram 11.034 registros de óbitos de 2020 a 2022. Destes, 8.742 foram notificados no SIM e 9.493 no SIVEP-Gripe. No SIM, São Luís (n = 1.442), Imperatriz (n = 838) e Caxias (n = 281) foram os municípios com maior número de óbitos e em 6 municípios não ocorreram notificações. No SIVEP-Gripe, os municípios com maior número de óbitos foram São Luis (n = 3.727), Imperatriz (1.902) e Santa Inês (n = 427), todavia, 119 municípios não declararam óbito. Segundo SIM, os municípios com maior coeficiente de mortalidade pela COVID-19 foram Imperatriz ( n = 323), Campestre do Maranhão ( n = 256) e Trizidela do Vale ( n = 248). Analisando os dados do SIVEP-Gripe, os municípios com maiores coeficientes de mortalidade foram Imperatriz, Santa Inês e Lago da Pedra. No Brasil em 2021, foram registrados no SIM 1.828.070 óbitos, 32,2% a mais do que esperado. Dentre essas mortes, o total de mortes em excesso (445.032) foi maior do que as mortes por COVID-19 (422.654), ocasionando uma razão entre mortes em excesso sobre mortes por COVID-19 de 1,05. Os estados brasileiros que exibiram os percentuais mais elevados de excesso de óbitos foram RO (66,1%), AM (52,1%), MT (49,4%), PR (48,1%) e DF (46,3%). Em contrapartida os estados com menor percentual de excesso de óbitos foram RN (19,4%), BA (20,6%), PA (21,3%), AC (22,4%) e AP e PI ambos com (22,6%). Os Estados com maior razão do excesso de mortes / óbitos por COVID-19 foram Pernambuco e Paraíba. Em 2022, foram registrados no SIM 1.537.025 óbitos, 9,5% a mais do que esperado. O total de mortes em excesso (133.283) foi 2,04 vezes o total de mortes por COVID-19 (65,278). Maiores excessos proporcionais de óbitos foram observados em RO (19,9%), PB (17,1%), PR (16,7%) e MS (14,9%). O estudo mostrou em forma de ondas, que houve excesso de óbitos importante durante o período estudado em todo o território nacional. Conclusão: Ao longo desta tese avaliamos os registros dos óbitos realizados pelo banco de dados do SIM e do SIVEP-Gripe, identificou-se valores distintos de notificações por município, o que remete a uma inconfiabilidade das informações. Não se pode permitir indisponibilidade, divergência e atraso nos dados, muito menos em momento de emergência de saúde pública. O excesso de mortalidade é um indicador de suma importância para o monitoramento e definição de prioridades por tomadores de decisão, especialmente nos países em desenvolvimento, onde as dificuldades para o diagnóstico adequado e o enfrentamento da doença são bem conhecidos. Foram detectados alguns padrões de distribuição temporal do excesso de óbitos comuns entre os estados brasileiros. Entretanto, a maioria dos estados apresentaram padrões divergentes. Tal estudo tem extrema importância devido a exclusividade dos resultados, pois os mesmos ainda não foram discutidos em outros trabalhados publicados sobre a temática. Nosso estudo tem limitação que merece ser destacada, a cobertura do registro de óbitos no Brasil atinge percentuais inferiores a 100% em alguns locais, especialmente nas regiões menos desenvolvidas, o que pode ter enviesado nossas estimativas de excesso de mortalidade.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA/CCBS} }