@PHDTHESIS{ 2023:1621449797, title = {Soldados do traço: cartuns contra o nazifascismo (Conexões transnacionais, 1922-1945)}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5145", abstract = "O humor, o fazer rir, o cômico andam lado a lado com a crítica e a reflexão. Foi o que rabiscaram os cartunistas antifascistas (“soldados do traço”), usando o lápis para combater o nazifascismo (1922-1945), ressaltando a caricatura como um ato político. Nossa tese estudou o fluxo e a circulação transnacional de ideias-imagens e caricaturas de combate por meio dos cartuns, motivos e temas difundidos pela grande imprensa, pela imprensa antifascista, pelas agências de notícias e pelas exposições de caricaturas. Investigando as circunstâncias, as condições e a materialidade em que as charges foram produzidas, com uma metodologia pautada na dialética do visível e do legível, bem como na análise de séries iconográficas. Tal trabalho só foi possível através da pesquisa em acervos digitalizados de livros, jornais, revistas satíricas, posters, panfletos, cartões-postais, fotografias e outros recursos visuais, disponíveis nos sites de bibliotecas nacionais, universidades e fundações. Dessa forma, foi possível identificar e analisar cartuns provenientes de 12 países, em 11 idiomas diferentes: Brasil, Argentina, Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, União Soviética e Tchecoslováquia, sendo ao final selecionados cerca de 150 cartuns, conforme as temáticas investigadas em cada um dos quatro capítulos. O primeiro capítulo é dedicado à análise do bestiário, pensando a continuidade e a mudança dos significados dos diversos animais na luta contra o nazifascismo, suas reapropriações e conexões transnacionais, destacando a mutação ocorrida no Brasil, com o símbolo da FEB (a cobra fumante), bem como o surgimento do gorila no imaginário ocidental, em meados do século XIX, até sua fusão com a milenar figura do Huno bárbaro. O segundo capítulo reflete sobre o simbolismo religioso cristão reapropriado pelas charges (as alegorias do Mal), destacando três personagens emblemáticos: Caim (o primeiro assassino), o Anticristo e o Diabo; assim como outros personagens e temas bíblicos. A “questão religiosa” (Kirchenkampf) será ainda abordada no terceiro capítulo, tratando dos cartuns de crítica e resistência ao processo de Gleichschaltung (sincronização) das Igrejas cristãs (católica e protestante) na Alemanha. Tal processo de nazificação forçada será imposto também à caricatura, com o uso da violência política para o controle e a cooptação de jornais e revistas satíricas. Por fim, mas não menos importante, o quarto e último capítulo se debruça sobre diferentes casos da “caricatura no banco dos réus”. A começar pelo lento e gradual processo de repressão, controle e censura da caricatura na Itália fascista, seguido pela análise de cartuns que provocaram protestos e processos judiciais levados adiante pela diplomacia da Alemanha nazista em países vizinhos, a saber, na Holanda, na França e em Luxemburgo.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA/CCH} }