@PHDTHESIS{ 2023:1021121849, title = {Análise espaço-temporal da leishmaniose visceral no Brasil}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5058", abstract = "A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania, predominante em áreas tropicais, subtropicais e regiões temperadas. Apresenta incidência global estimada de 50.000 a 90.000 casos novos anualmente, sendo o maior número de casos no Brasil, África e Índia. O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espaço- temporal da LV no Brasil no período de 2010 a 2019. O primeiro artigo é um estudo ecológico misto sobre os indicadores operacionais da LV no Brasil, a partir dos casos novos, com informações contidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2010 a 2019. O segundo artigo é um estudo ecológico de séries temporais de todas as internações por LV notificadas no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), por local de residência, para todos os estados brasileiros no período de 2010 a 2019. Para a análise de tendência, utilizou-se o modelo de Prais-Winsten e para a análise espacial os índices Global e Local de Moran. No primeiro estudo, foram confirmados 33.195 casos novos de LV no Brasil. Observou-se tendência crescente (Coef = 0,020; p-valor = 0,01) no Brasil para coinfecção com LV-HIV. A região Norte teve tendência de redução para confirmação laboratorial (Coef = -0,003; p-valor < 0,001). A região Centro-Oeste obteve tendência decrescente para cura clínica (coeficiente = -0,005; p-valor = 0,012) inversamente a evolução ignorada (Coef = 0,028; p-valor = 0,008). Identificou-se clusters "alto-alto" para cura (Moran global = 0,309) e critério laboratorial (Moran global=0,302). No artigo 2 registrou-se 24.259 internações por LV de 2010 e 2019. O menor número de casos ocorreu no estado do Amapá (4 casos), enquanto o maior número ocorreu no Estado do Maranhão (3.601 casos). As maiores taxas de internações foram observadas no Tocantins e a menores no Paraná. Houve tendência crescente da internação hospitalar por LV nos estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Sul e Goiás, decrescente nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Os achados deste trabalho sugerem que a assistência ao paciente com LV sofre influência do espaço. O estudo da análise espacial dos indicadores operacionais da LV permitiu evidenciar a heterogeneidade e o padrão de distribuição geográfica desses indicadores em todo país. Os resultados apresentados reforçam que a LV continua sendo negligenciada no país pois apresenta elevado número de casos e altas taxas de internação hospitalar. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a melhoria das ações de saúde, fornecendo elementos para a elaboração de estratégias com vistas à redução dos casos de LV e, consequentemente, internações, por meio do direcionamento de intervenções em áreas de maior risco, apoiando, desse modo, as ações de gestão em saúde pública.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA/CCBS} }