@MASTERSTHESIS{ 2023:1663533486, title = {Disfunções do assoalho pélvico em sobreviventes ao câncer de colo de útero}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4874", abstract = "O câncer de colo uterino (CCU) é um problema de saúde pública, sendo a quarta causa mais comum de câncer e a quarta principal causa de morte entre as mulheres, seu tratamento inclui diferentes modalidades, tais como, cirurgias e radioterapia, ou radioterapia/quimioterapia, a depender do estágio. Apesar dos avanços proporcionados por estas terapias, como maior sobrevida e impacto na qualidade de vida, ainda existem distúrbios anatomofisiológicos que podem afetar os órgãos pélvicos ocasionando as disfunções do assoalho pélvico (DAP) assim como interferência na vida sexual. Neste contexto o objetivo do estudo foi analisar a prevalência de DAP e o impacto na qualidade de vida de mulheres sobreviventes ao câncer de colo do útero. Trata-se de um estudo observacional, com delineamento transversal, desenvolvido em instituição privada no interior do Maranhão. A amostra foi composta por 75 mulheres que realizaram tratamento de CCU no período de 2017 a 2022. Para a coleta foram utilizados questionários sociodemográfico, clínico, ginecológicos e obstétrico e instrumentos validados para o português que avaliam a função sexual (FSFI), a prevalência dos sintomas das DAP (PFDI-20), o impacto das disfunções na qualidade de vida específica (PFIQ-7) e a qualidade de vida geral (WHOQOL-bref). Para análise dos dados foi realizado o teste de Qui-quadrado entre os grupos em relação aos sintomas das DAP, testes não Paramétricos de Kruskal-Wallis com post-hoc de Nemenyi para comparações múltiplas comparando as DAP de acordo com as variáveis independentes. Teste de correlação de Spearman (ρ) entre os domínios dos questionários PFDI-20 e PFQI-7. Os dados foram analisados com intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos de acordo com o Protocolo n°5.501.210. A amostra, apresentou predomínio de mulheres que realizaram tratamento cirúrgico, baixa escolaridade, idade média de 48,64 anos, baixo nível socioeconômico e tempo de término do tratamento oncológico em média 31,21 meses. Observou-se prevalência de mulheres com sintomas de DAP, sendo que os sintomas urinários (UDI-6) foram os que mais causaram desconforto seguidos dos sintomas anorretais (CRADI-8) de acordo com o PFDI-20. Na avaliação da função sexual das mulheres sexualmente ativas, apresentaram disfunções sexuais (FSFI=14,48±9,96). A presença e o incômodo dos sintomas do assoalho pélvico impactam de forma negativa na qualidade de vida avaliada pelo PFIQ-7, considerando as atividades diárias e saúde emocional (ρ (rho)=0,68; p<0,001). Sobre a qualidade de vida geral, os domínios “Relações Sociais” e “Meio Ambiente” apresentaram maior impacto negativo (15,18±2,51 e 14,79±2,43), respectivamente. Conclui-se, portanto que dentre os sintomas das DAP em mulheres sobreviventes ao CCU, há prevalência de disfunções urinárias, anorretais e sexuais. Além da presença e o incômodo dos sintomas das DAP impactar de forma negativa na qualidade de vida específica.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E TECNOLOGIA}, note = {DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS} }