@PHDTHESIS{ 2023:1329543223, title = {A “plataformização laboral”: uma análise do processo de uberização do trabalho de motoristas por aplicativo em São Luís/MA}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4823", abstract = "O estudo tem como objetivo entender o processo de trabalho desenvolvido a partir da introdução das plataformas digitais no Brasil, buscando compreender a lógica de funcionamento do trabalho plataformizado no município de São Luís/MA, considerando a análise do trabalho de motoristas em duas empresas (UBER e POP 99). Procura também analisar as principais características da atividade realizada através das plataformas digitais, pontuando as últimas transformações no mercado de trabalho, geradas pela introdução de novos nichos de negócios. No desenvolvimento da pesquisa, utilizei como ferramentas metodológicas a observação direta e a realização de entrevistas com os motoristas por aplicativo e o com presidente da Associação dos Motoristas por Aplicativos do Estado do Maranhão (AMAPMA), além de ter feito a revisão da literatura sobre o desenvolvimento do trabalho plataformizado no Brasil. Como resultado, a tese aponta para a identificação de uma situação de liminaridade no trabalho realizado em plataformas digitais, isso ocorre, porque apesar de parecer estar claro onde a atividade se encaixa (informal), as características de desenvolvimento da atividade demonstram uma indeterminação na relação entre a empresa/plataforma e os (as) motoristas por aplicativo. A autonomia parece existir até certo ponto, quando o (a) motorista por aplicativo determina seu horário, determina os dias a serem trabalhados e é responsável pelos seus próprios instrumentos de trabalho, porém, não determina o valor do trabalho prestado, é avaliado, mesmo contra a sua própria vontade, e sofre sanções em avaliações negativas, escolhe quando vai entrar na atividade, mas não determina exatamente o dia que vai sair, porque pode ser banido da plataforma, mesmo querendo continuar na atividade. A própria ideia de que a empresa/plataforma funciona como intermediária entre o motorista e passageiro, uma vez que ela prestaria um serviço ao (a) motorista e ao (a) passageira, apresenta uma pluralidade, na medida em que o (a) motorista aqui também é um prestador de serviço. Seria assim uma quarteirização no trabalho informal? O que já é uma novidade no cenário do mercado de trabalho. Ou é uma situação onde terceiros prestam serviços entre si, mesmo sem um contrato convencional, envolvendo uma terceira pessoa que é o (a) passageiro (a) cliente, desse modo, os (as) motoristas estariam no entre/lugar, em posições transitórias, efêmeras e indefinidas. Percebeu-se também, no percurso da pesquisa, que uberização é uma realidade impulsionada pelo capitalismo digital, que muda as lógicas do chão da fábrica, individualiza o trabalho e tira o fator de coesão entre os indivíduos. Isso permite um processo de flexibilização ainda mais evidente das relações de trabalho, sem garantias e seguridade social. Do mesmo modo, dificulta o encadeamento da ação coletiva. Mas, é relevante destacar, que é um processo que também encontra resistência e apresenta maneiras de sobrevivência em meio as intempéries e a necessidade de reprodução econômica da vida.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA/CCH} }