@MASTERSTHESIS{ 2023:284214373, title = {HPV e doenças coronarianas em mulheres no climatério}, year = {2023}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4791", abstract = "Introdução: O câncer do colo do útero está associado a cepas de HPV de alto risco, bem como a infecção por HPV de alto risco está associada à doença arterial coronariana em mulheres. Além disso, no período do climatério em mulheres, a menopausa está associada à inflamação crônica e tem grandes implicações para o desenvolvimento de DAC e distúrbios lipídicos associados. Dessa forma, a associação da HPV com doença arterial coronariana em mulheres no climatério necessita ser mais estudada. Objetivo: Estudar a relação entre a infecção pelo HPV e doenças coronarianas em mulheres no climatério. Métodos: Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico, realizado através da aplicação de questionários sociodemográfico. O exame clínico composto de pressão arterial e cálculo do IMC; a detecção e genotipagem de HPV a partir de amostras cérvico-vaginais das pacientes ocorreu extraindo-se os DNA total com um kit comercial, em seguida foram submetidos a reações de PCR nested para detectar o HPV. As amostras positivas foram sequenciadas num sequenciador automático MegaBACE 1000 e os cromatogramas foram analisados com software. As análises bioquímicas foram de glicose, hemoglobina glicada, triglicérides, colesterol total, HDL e LDL. E os resultados foram analisados no GraphPad Prism 7.0 utilizando testes de fisher ou de Χ2 , os quais foram considerados significativos quando p<0,05. Resultados: Foram incluídas no estudo 71 pacientes, das quais a maioria tinha idade inferior a 60 anos, quase metade das pacientes tinha rendimento igual ou inferior a 1 salário mínimo. A quase totalidade das pacientes residia na cidade de São Luís, possuía sobrepeso ou vários graus de obesidade, níveis normais de triglicerídeos e colesterol total, HDL abaixo dos valores desejáveis e LDL dentro dos valores normais. Ademais, níveis aumentados de hemoglobina glicada, mas menos da metade apresentaram glicemia em jejum elevada. Encontrou-se DNA vírico em pouco mais de um terço das pacientes, entre as 22 pacientes com HPV, quase 60% tinham HPV de elevado risco oncogênico, sendo HPV16 o genótipo mais frequente. Das pacientes, quase metade era hipertensa e pouco mais de um terço das pacientes foram diagnosticadas com DAC. Verificou se associação altamente significativa (p=0,001) entre a idade das pacientes e a presença de DAC, com maior frequência em pacientes mais idosas, entre hipertensão e DAC, mais frequentemente em pacientes hipertensas, a DAC foi mais comum entre pacientes com elevada glicemia em jejum e a maioria das pacientes com HPV apresentou DAC. Conclusão: Foi determinada a proporção de pacientes infectadas com HPV em grupos com e sem doença arterial coronariana (DAC), verificando-se que a infecção é significativamente mais frequente em mulheres com DAC, o que apoia a hipótese de que o HPV contribui para o risco de DAC. Os diferentes genótipos de HPV (alto risco versus baixo risco) não mostraram associação significativa com DAC. Houve associação da DAC com a hipertensão e idade mais avançada. Ademais, tiveram tendência a apresentar valores de glicemia e hemoglobina glicada mais elevados, porém sem diferenças significativas e não apresentaram alterações do seu lipidograma. Estudos adicionais envolvendo modelos celulares e animais são necessários para determinar os mecanismos pelos quais o HPV poderá contribuir para a patogênese da DAC.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DO ADULTO}, note = {DEPARTAMENTO DE MEDICINA II/CCBS} }