@MASTERSTHESIS{ 2021:2043701027, title = {ARQUEOLOGIA DA PROTOFICÇÃO CIENTÍFICA E A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA MARANHENSE}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4602", abstract = "A arqueologia da Ficção Científica (FC) está enraizada em narrativas tradicionais e mitológicas, formando um corpo literário denominado mega-texto que inclui tanto especulações científicas, como formações estéticas da Fantasia, do Fantástico, do Horror e do Gótico. Essa hibridização, a presença da ciência e a incorporação de ícones atualmente conhecidos como pertencentes à FC são aspectos distintivos da Protoficção Científica. Identifica-se esta manifestação literária em contexto nacional desde meados do século XIX. Suas figurações e temáticas, referidas como novums, permitem paralelos com produções de Luciano de Samósata, Johannes Kepler, Ernest Hoffman, Júlio Verne, H. G. Wells e Edgar Allan Poe. As transformações socioideológicas advindas da Belle Époque Tropical alteraram a epistemologia científica brasileira, especialmente, nas décadas de 1900-1930. Isto provocou uma reação artística reverberada na literatura, principalmente na figura do cientista, a exemplo dos contos objetos desta dissertação: “A Sombra” (1927) e “Morfina” (1932), respectivamente escritos pelos imortais maranhenses Coelho Neto (1864-1834) e Humberto de Campos (1886-1934). Portanto, esta pesquisa bibliográfica objetiva analisar a Protoficção Científica nacional, sobretudo a contribuição maranhense, mostrando como ela retrata as reações ao desenvolvimento científico do país. Para tanto, adota-se os postulados teóricos e críticos de Adrienne Mayor (2018), Damien Broderick (1994), Darko Suvin (1979) e Naiara Araújo (2020) relativos à FC; concernente a aspectos brasileiros, Alexander Meireles (2008), Elizabeth Ginway e Roberto Causo (2010); e sobre aspectos históricos e científicos, Carla Mazzio (2009), Mary Del Priore (2014) e Shozo Motoyama (2004). Como resultado, destaca-se que elementos escapistas como o sobrenatural, a loucura e a monstruosidade rompem a racionalidade nas narrativas em decorrência das falhas no fazer científico, representando os temores da população frente à exploração do desconhecido. Contudo, essa hibridização perde expressividade e as histórias aproximam-se mais da caracterização do gênero da FC à medida que a literatura reflete as mudanças decorrentes do avanço tecnocientífico.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - Campus Bacanga}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }