@PHDTHESIS{ 2022:261731066, title = {Influência da anquiloglossia nas características do aleitamento materno em lactentes nos primeiros meses de vida}, year = {2022}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4265", abstract = "Introdução: A anquiloglossia é uma alteração congênita que limita os movimentos funcionais da língua. A prevalência pode chegar em 8% nos lactentes menores de 1 ano. Esta alteração pode gerar consequências como problemas na alimentação, na fala, habilidades sociais e na saúde bucal. Estudos recentes têm investigado os efeitos desta alteração no aleitamento materno, uma prática de alimentação que promove melhora da saúde das populações. Na amamentação, tem sido reportadas alterações que podem causar dor, problemas de crescimento e até desmame precoce. Objetivos: Analisar a influência da anquiloglossia na continuidade do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) e na evolução do crescimento de lactentes (Capítulo I) e analisar os aspectos funcionais do aleitamento materno, autoeficácia e dor ao amamentar em recém-nascidos de acordo com a severidade da anquiloglossia (Capítulo II). Métodos: Estudo do tipo coorte prospectiva realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. No Capítulo I, foram acompanhados 225 lactentes e suas mães nos seis primeiros meses de vida. Foram selecionados lactentes a termo, sem patologias congênitas e mães sem restrições para amamentar, sendo comparados os dados de lactentes com e sem a alteração diagnosticada. Foram coletados dados sobre o tempo de aleitamento e as medidas de crescimento peso e comprimento, sendo ainda calculados o Índice de Massa Corporal (IMC) e os escores Z do peso, comprimento e IMC para a idade. No Capítulo II, foi selecionada uma amostra 81 lactentes com anquiloglossia aninhada à coorte do primeiro artigo, para avaliar aspectos de aleitamento de acordo com a severidade da alteração. Para avaliar a qualidade do aleitamento, foram utilizadas as escalas LATCH Scoring System e o Formulário da Observação da Mamada do Fundo das Nações Unidas para a Infância (BOF-UNICEF). A percepção de dor materna foi avaliada pelo Short Form of the McGill Pain Questionnaire. A autopercepção materna de eficácia de amamentação foi mensurada pelo Breastfeeding Self-Efficacy Scale Short Form. Na análise de dados, foram realizadas medidas de associação através dos testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher para variáveis categóricas e dos testes T de Student ou do teste U de Mann-Whitney para dados contínuos. O teste de ANOVA de medidas repetidas foi utilizado para avaliar as medidas de crescimento. Foram calculados a razão de chances e risco relativo para desmame. Análises de regressão incluíram os testes de regressão logística e linear. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: No Capítulo I, observou-se que a anquiloglossia esteve associada com o desmame antes do sexto mês de vida. Após análise ajustada, foi detectado maior risco de desmame nos bebês com a alteração presente (p<0,001, OR 4,49 IC95% = [2,29-8,80]). Na comparação de sobrevida, o tempo de aleitamento nas crianças com anquiloglossia foi menor quando comparadas às crianças sem alteração (log-rank p<0,001). Não foram encontradas diferenças significantes nas medidas de crescimento dos bebês acompanhados quando comparados entre si. Em relação ao Capítulo II, foi detectada uma associação significante no aspecto de sucção avaliado pelo BOF-UNICEF (p-valor 0,013, β = 0,22 IC95% = [0,07-0,73]). Observou-se ainda que os grupos não diferiram na avaliação realizada pela escala LATCH e na autoeficácia do aleitamento (p>0,05). Os escores de dor também não diferiram entre os grupos estudados. Conclusão: A anquiloglossia esteve associada com o desmame. Os bebês com a alteração apresentaram tempo menor de AME quando comparados aos que possuíam o frênulo lingual normal, porém não influenciou o crescimento dos bebês até os 6 meses de idade. Na análise sobre a severidade da alteração, observou-se que os lactentes com anquiloglossia severa podem ter dificuldades no aspecto isolado de sucção, porém essa alteração não parece afetar a qualidade do aleitamento, a autoeficácia materna nem piorar a percepção de dor ao amamentar em comparação com bebês com alteração leve.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA II/CCBS} }