@MASTERSTHESIS{ 2021:498906199, title = {O corpo está no contrato? Estudo sobre as ocorrências de assédio sexual contra mulheres jornalistas nas redações de Imperatriz}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4185", abstract = "Esta pesquisa trata do assédio sexual sofrido por mulheres jornalistas que atuam em Imperatriz (MA). O estudo tem por objetivo compreender como o assédio sexual envolvendo mulheres jornalistas ocorre na da segunda maior cidade do Maranhão, bem como identificar as práticas de assédio na rotina de trabalho, partindo do pressupostos de que essa violência é frequente em outras cidades, como apontam de estudos nacionais anteriores como o da Abraji (2017) que abrange as cidades de Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, o da pesquisadora Portela (2018), realizado em Curitiba, e o de Lima, Santos e Tavares (2019), em Balsas. Didaticamente, a pergunta que norteia este estudo é: como o assédio sexual envolvendo mulheres jornalistas de Imperatriz se manifesta na rotina jornalística e qual é seu impacto para essas profissionais? Para dar conta dessa proposta, optou-se por uma pesquisa empírica com abordagem qualitativa, ancorada em entrevistas abertas e em profundidade. O procedimento de análise e interpretação dos dados foi guiado pelas bases da Análise de Conteúdo, que consiste em um conjunto de técnicas que permite a interpretação de comunicações, composta pelas fases de descrição, interpretação e inferência (BARDIN, 1977; PUGLISI, FRANCO, 2005). Ao todo, 19 jornalistas foram ouvidas de um universo de 23 que atuam nos veículos que fazem parte do recorte do estudo, que compreende redações de TV e de rádio e um portal de notícias. A fundamentação teórica que dialoga com a pesquisa teve como base autores como Safiotti (1987;1976), Louro (2011), Fukuda (2012) e Butler (2003). Entre os apontamentos encontrados está o de que o assédio faz parte da rotina das jornalistas e que essa violência traz impactos tanto para a saúde das vítimas, quanto para sua carreira. Indiretamente a violência acaba afetando também a qualidade do material disponibilizado ao público. O estudo identificou, ainda, que Imperatriz, apesar de ser uma cidade de médio porte do interior do Maranhão, tem uma realidade parecida em relação à frequência e às características do assédio nas demais cidades do país. Mostrou ainda que a maior parte dos assediadores são homens que ocupam cargo de chefia ou possuem alguma posição considerada de respaldo social. Essa agressão acontece em todas as etapas do trabalho, abrangendo ambientes externos e internos, tanto presencialmente quanto por mídias sociais on-line. Além disso, esse ato violento tem impactos tanto para as profissionais, que passam por situação de adoecimento, quanto para a rotina jornalística, já que as mulheres trocam pauta, evitam fontes e derrubam coberturas para evitar contato com os assediadores. E, ainda que não encerre o assunto assédio, ao apresentar os resultados e particularidades de uma cidade do interior, no Nordeste do país, a pesquisa pretende contribuir para ampliar as perspectivas acerca das relações de gênero e do assédio contra mulheres no mercado de trabalho do jornalismo, colaborar para mostrar que esse problema existe e sua gravidade e assim chamar atenção para a importância do debate sobre o assunto.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO -MESTRADO EM COMUNICAÇÃO - PPGCOM CCSST (Campus Imperatriz)}, note = {DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL/CCSO} }