@MASTERSTHESIS{ 2021:694450980, title = {Estudo do genótipo cagA da Helicobacter pylori e sua associação com os fatores socioeconômicos e as afecções gástricas no Oeste do Maranhão, Brasil}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/4144", abstract = "Aproximadamente, mais da metade da população mundial esteja infectada pela Helicobacter pylori. No entanto, a prevalência da infecção varia entre diferentes regiões, com maiores taxas nos países em desenvolvimento, quando comparados aos desenvolvidos. Os mecanismos envolvidos no desenvolvimento das doenças gástricas relacionadas à infeção por H. pylori dependem da genética do hospedeiro, dos fatores ambientais e da virulência bacteriana. Entre os fatores de virulência, destaca-se o genótipo cagA, sendo diretamente associado com as afecções gástricas mais graves, devido à codificação da oncoproteína CagA, injetada na célula epitelial gástrica, por meio do sistema de secreção tipo IV, que altera os sinais de transdução, mecanismos de apoptose e citoesqueleto das células. Ademais, outros fatores do hospedeiro podem influenciar a patogênese da infecção por H. pylori, como condições socioeconômicas e comportamentos de risco. Desta forma, objetivou-se identificar cepas cagA-positivas da Helicobacter pylori, no Maranhão, de modo a investigar associações entre o genótipo, os dados socioeconômicos e as afecções gástricas. Estudo realizado de outubro de 2015 a fevereiro de 2018, em serviço público de endoscopia, em Imperatriz, Maranhão. Informações sobre fatores socioeconômicos foram coletadas por meio de formulário semiestruturado, aplicado na sala de espera do serviço. As características clínicas e diagnósticos endoscópicos foram obtidas nos prontuários dos pacientes. A genotipagem das cepas foi realizada por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR), em amostras de tecido gástrico, com teste da urease positivo para H. pylori. Para verificar a associação entre as variáveis, aplicou-se o teste qui quadrado de Pearson (nível de significância de p<0,05), cujo efeito foi medido pela razão de chance. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Maranhão, conforme parecer no 1.304.308. Incluíram-se no estudo 751 pacientes dispépticos, com média de idade de 43,8 anos, destes, 68,3% eram mulheres, 50,3% tinham menos de 10 anos de estudo, 66,7% casados, 73,8% com renda mensal inferior a um salário mínimo, 83,5% viviam com menos de cinco pessoas, 55,7% não possuíam rede de esgoto, 52,5% consumiam água não tratada, 67,5% não etilista e 82% não fumante. A prevalência de H. pylori foi de 52,7%, apresentando associação com renda inferior a um salário mínimo (p <0,0001; OR: 1,94; IC 95%: 1,39–2,70) e consumo de água não tratada (p= 0,03; OR: 1,37; IC 95%: 1,02– 1,83). Os homens (p=0,01; RC=0,27; IC95%=0,094-0,817) apresentaram menor chance de desenvolverem gastrite. A prevalência do genótipo cagA foi de 25,5% das cepas. A baixa renda foi inversamente associada à presença do gene cagA, mesmo após ajustes. A água não tratada se mostrou associada à presença do genótipo cagA nas análises univariada (RC =2.55; IC 95%: 1.008-6.48; p= 0,03) e multivariada (RC = 2.89; IC 95%: 1.08-7.67; p = 0,03). Não houve associação entre as cepas cagA-positivas com as afecções gastrite, úlcera péptica e esofagite. O estudo mostrou que a água não tratada foi associada à presença do genótipo cagA da Helicobacter pylori, no sudoeste do Maranhão, e não estava associada às doenças gastrointestinais investigadas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E TECNOLOGIA}, note = {COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA IMPERATRIZ/CCSST} }