@MASTERSTHESIS{ 2021:502677997, title = {“A GENTE DORMIU TRAVESSIA E ACORDOU PARQUE DO MIRADOR”: resistências e conflitos socioespaciais em uma região de expansão de soja nas chapadas do Cerrado sul do Maranhão}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3869", abstract = "Este trabalho tem por objetivo estudar as formas de resistência de comunidades camponesas e os impactos (ambientais e/ou sociais) sobre seus territórios, frente à criação do Parque Estadual de Mirador, em Mirador-MA. Criado pelo Decreto estadual nº 7.641, de 4 de junho de 1980, o Parque Estadual de Mirador localiza-se na mesorregião geográfica Sul do Maranhão e açambarcou diferentes territórios camponeses. Nesses termos, tornou-se imperativo analisar os distintos motivos que resultaram na criação da unidade de conservação do tipo integral, que admite apenas usos indiretos da natureza, assim como os conflitos daí decorrentes e as consequências da não regularização fundiária das comunidades camponesas pelo Estado. Haja vista que, a partir da institucionalização de uma unidade de conservação ambiental do tipo integral, que regula e limita a presença desses grupos, desde então a restrição de acesso e uso ao território pelas comunidades ficou subordinada à ação estatal. Esse território, antes de ser transformado em parque estadual, era identificado como Travessia de Mirador/Tapicuru, que, a priori, servia para designar uma específica região compreendida entre as nascentes dos rios Itapecuru e Alpercatas, derivando a ideia de Travessia de Mirador/Tapicuru pelas comunidades camponesas. Ademais, a região concentra as nascentes da bacia hidrográfica do Rio Itapecuru, um dos mais importantes para o abastecimento do estado. A partir dessa situação, fez-se necessário pensar questões paralelas, como a restrição de acesso e uso ao território pelas comunidades a partir da institucionalização de uma unidade de conservação ambiental do tipo integral, que regula e limita a presença desses grupos desde então. Subjacente ao conflito entre Estado e comunidades camponesas, é problematizada a emergência de projetos agropecuários no redimensionamento dos limites cartográficos, junto com o avanço no entorno e sobre as áreas do Parque Estadual de Mirador. Para o desenvolvimento teórico-metodológico, utilizamos o método dialético, pois entendemos que captar as distintas escalas de produção da vida é um movimento contínuo de construção e reconstrução de eventos e momentos em dado espaço e tempo. Por fim, pensar os conflitos decorrentes da transformação do território usado (Travessia de Mirador/Tapicuru) em unidade de conservação de proteção integral revela a natureza das disputas pelo uso do território pelos mais distintos agentes.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA}, note = {COORDENACAO DO CURSO DE ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS/DCCH} }