@MASTERSTHESIS{ 2021:1208232798, title = {Bioatividade de Punica granatum no reparo de lesões infectadas}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3788", abstract = "Introdução: O estudo de cicatrização de feridas busca aperfeiçoar tecnologias já existentes, ou torná-las acessíveis a um maior número de pessoas, mediante o desenvolvimento de tecnologias mais simples e baratas, que sejam igualmente eficientes e que aproveitam de matérias-primas encontradas em regiões menos desenvolvidas. No maranhão, o grupo de pesquisa do Laboratório de Imunofisiologia tem contribuído ao longo dos anos com pesquisas de espécies vegetais com potencial cicatrizante, antimicrobiano e imunomodulador, como o óleo de copaíba, o babaçu, óleo de girassol e o mastruz. Do mesmo modo, a espécie vegetal Punica granatum, tem sido objeto de diversos estudos, demonstrando uma ampla atividade biológica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar o potencial antibacteriano e cicatrizante de uma formulação contendo P. granatum sobre um modelo de cicatrização de lesão infectada. Material e Métodos: Para avaliação da atividade antibacteriana do extrato de P. granatum (EHPg) foi utilizado o método in vitro de difusão em ágar. Foi verificada também, a atividade antioxidante do EHPg pelos testes de DPPH e ABTS. Para o modelo de cicatrização, os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos (n=12), incluindo controle negativo (CTRL); Fibrinase® (DFC, controle positivo); e uma formulação a base do EHPg como grupo de investigação. O diâmetro da ferida e a porcentagem de cicatrização foram investigados com o auxílio do software ImageJ. A análise macroscópica das feridas foi realizada em dias alternados. Aleatoriamente, animais de cada grupo foram eutanásiados nos dias 3, 7 e 10 e, em seguida, a pele ferida foi retirada para estudos patológicos. Por fim, a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) presentes nas feridas foram analisadas para verificar a atividade antibacteriana do EHPg in vivo. Resultados: O EHPg apresentou inibição sobre o crescimento e proliferação de todas as cepas testadas. Observou-se que o EHPg inibiu o crescimento do Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA), em todas as concentrações de teste, com diferenças estatísticas para as maiores concentrações, variando de 18,67-21,33 mg/mL (p<0,05). O potencial de eliminação de radicais livres do EHPg foi testado pelo método DPPH, exibindo uma IC50 = 4,01 μg/ml. Enquanto no método ABTS, o EHPg apresentou-se com IC50 = 40,62 μg/ml. O tratamento tópico de feridas de camundongos com lesão infectada induziu retração completa da ferida no dia 10 em todos os grupos. O tratamento com EHPg não resultou em uma aceleração do processo de cicatrização. Em relação a atividade antibacteriana in vivo, no dia 3 foi observado o crescimento microbiano em todos os grupos. As placas de UFC do grupo CTRL apresentou crescimento elevado em relação aos grupos DFC e EHPg. No dia 7, o crescimento foi classificado variando de pouco a médio para o grupo CTRL, enquanto no grupo DFC e EHPg foi observado nenhum crescimento e pouco crescimento, respectivamente. No dia 10 observou-se novamente o crescimento de UFC em todos os grupos, com crescimento médio nos grupos CTRL e EHPg, e variando de nenhum crescimento a crescimento elevado no grupo tratado com DFC. Conclusão: Neste estudo, o EHPg apresentou inibição do crescimento bacteriano de diversas cepas in vitro, com grande atividade inibitória sobre MRSA. Apesar de não acelerar o processo de cicatrização, o EHPg foi capaz de reduzir a proliferação do MRSA em lesões infectadas. O EHPg contribuiu para melhorar a formação da nova estrutura do tecido lesionado, facilitando o processo de cicatrização por meio do controle da inflamação, proliferação de fibroblastos e abundante deposição de colégeno.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E TECNOLOGIA}, note = {COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA IMPERATRIZ/CCSST} }