@MASTERSTHESIS{ 2021:1262370585, title = {A presença de Dioniso na poesia brasileira contemporânea de Alexei Bueno}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3515", abstract = "Este trabalho propõe-se a investigar como as representações míticas e poéticas de Dioniso, de matriz arcaica, encontram eco na poesia contemporânea de Língua Portuguesa, tendo por base a obra do poeta carioca Alexei Bueno (1963-). Estranho e paradoxal, deus de muitos nomes, a potência de Dioniso espraia-se por muitas esferas de atuação. Divindade que recusa qualquer definição simplista, ele causa horror e fascínio e é considerado uma das entidades gregas da Antiguidade mais sedutoras de todos os tempos. Procurando compreender principalmente os aspectos que cercam o Dioniso clássico, esse trabalho baseia-se tanto na análise de fontes primárias (primeiros testemunhos), isto é, as obras dos próprios poetas da Antiguidade, como também em estudos de consagrados helenistas, entre eles, Marcel Detienne (1988), Henri Jeanmaire (1970), Richard Seaford (2006), Cornelia Isler-Kerényi (2015) e Jean-Pierre Vernant (1990; 2000; 2006). Nosso objetivo é compreender como um poeta contemporâneo se apropria desse acervo da tradição antiga e articula novos sentidos à figura mítica de Dioniso e aos elementos a ele relacionados. Para esse propósito, a leitura analítica-interpretativa de poemas buenianos que tocam nessa temática, será orientada pela noção do anacronismo enquanto forma de mediação sincrônica do passado com o presente. A esse respeito, parte-se dos contributos de T. S. Eliot (1989), Hannah Arendt (2011), Giorgio Agamben (2009) e Hans Magnus Enzensberger (2003). Sendo Dioniso uma divindade do panteão grego, investigar como é construída a relação entre a literatura e os deuses na produção poética de Bueno é parte importante desta pesquisa. Ao observar os deslocamentos e variações das matrizes mitológicas expressos na lírica bueniana, algumas categorias de análise serão articuladas, como o sagrado, o dionisíaco, a embriaguez, o entusiasmo e o êxtase. Por fim, é ressaltado que a poesia de Bueno, ao dialogar com os antigos mitos e com as divindades da cultura helênica, mais que utilizar tais imagens como meras convenções literárias, vale-se delas como recurso para tecer suas reflexões sobre a crise do sujeito contemporâneo.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }