@MASTERSTHESIS{ 2021:1775353222, title = {A análise linguística no ensino de língua portuguesa do 6º ao 9º ano: uma investigação no Documento Curricular do Território Maranhense}, year = {2021}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3470", abstract = "A partir das décadas de 1980 e 1990 o ensino de gramática(s) nas aulas de Língua Portuguesa tem se redefinido com a ascensão da análise linguística no currículo de Língua Portuguesa nacional. Desde então, as atividades desse componente curricular passaram a contemplar as habilidades dos alunos de refletir sobre a língua em suas práticas de uso real. O ensino com base na análise linguística sugere, assim, uma alternativa ao modelo de ensino de gramática normativa, cujo foco eram os conteúdos gramaticais abordados de forma isolada e repassados por meio de uma metodologia transmissiva, pautada na repetição. A análise linguística demanda, dessa maneira, que o professor trabalhe, nas aulas de Língua Portuguesa, tanto atividades metalinguísticas, quanto epilinguísticas, ou seja, tanto atividades que se valem de conceitos e classificações para falar da própria língua, quanto atividades que favoreçam a reflexão sobre os recursos expressivos, empregados em um texto, em vista de uma intenção comunicativa. Nessa nova perspectiva de trabalho com a língua, o ensino com base na prática de análise linguística vem ganhando destaque nos documentos oficias que norteiam o ensino nas escolas do país, passando a constituir, inclusive, um eixo temático do componente curricular de Língua Portuguesa nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e na Base Nacional Comum Curricular (2017), assim como nos documentos regionais que orientam o ensino da língua materna. Diante desse cenário, propomos esta pesquisa com o objetivo de discutir o modelo de ensino decorrente das propostas de análise linguística no currículo maranhense, assim como as nuances que envolvem o processo de elaboração desse documento. Para isso, assumimos o caráter complexo da língua e do ensino com vistas a abordá-los pelas lentes da teoria da complexidade. Nesse âmbito, para articular os princípios da análise linguística, ensino, língua, currículo oficial e políticas educacionais, adotamos a teoria dos sistemas adaptativos complexos e um de seus aspectos que, a nosso ver, tem grande potencial de impacto no ensino com base na prática de análise linguística: os atratores. A partir desse tecido, foi possível radiografar o modelo de ensino com base na prática de análise linguística que o Documento Curricular do Território Maranhense propõe para os anos finais do ensino fundamental, valendo-nos dos modelos de ensino de língua definidos por Halliday et al. (1974): prescritivo e produtivo. Como escolha metodológica, adotamos a análise de conteúdo, método profícuo na investigação de uma diversidade de comunicações, apontando os caminhos que conduzem à interpretação da realidade de um dado documento. Realizamos, para tanto, o levantamento do número de habilidades metalinguísticas e epilinguísticas, dispostas para os anos finais do ensino fundamental, buscando nessa distribuição as implicações para o ensino com base na prática de análise linguística. Como resultados, identificamos um predomínio de atividades epilinguísticas, constituindo quase o triplo das metalinguísticas, o que nos indica um modelo de ensino produtivo, alinhado às propostas de renovação do ensino, porém incorrendo no risco de ter suas bases comprometidas em razão desse expressivo desequilíbrio entre as atividades. Fundamentamos, portanto, nossas discussões nos conceitos teóricos discutidos nos trabalhos de Geraldi (2006), Morin (2011), Bertanlanffy (1975), Halliday et al. (1974), dentre outras produções que versam sobre o tema.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH}, note = {DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH} }