@MASTERSTHESIS{ 2019:1971105427, title = {Discursos de gênero no espaço escolar: quais referências de masculinidades?}, year = {2019}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/3158", abstract = "Utilizando uma abordagem qualitativa com referencial teórico dos estudos pós-estruturalistas e de seus desdobramentos na teoria queer, ligada a linha de pesquisa “Diversidade, Cultura e Inclusão Social”, este trabalho apresenta uma análise sobre como os discursos produzidos e reproduzidos no espaço escolar atuam na constituição generificada de corpos a partir de referências de masculinidades e processam marcadores de diferenças nos alunos do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IEMA da cidade de Bacabeira – MA. Buscou-se identificar quais os discursos sobre gênero são produzidos e reproduzidos pelos alunos e evidenciar as expressões corporais e quais os significados são atribuídos a elas, bem como analisar os marcadores de diferenciação configurados a partir dos gêneros. A pesquisa foi realizada com alunos que autodeclaram pertencer ao gênero masculino do IEMA da cidade de Bacabeira. Metodologicamente adotamos como procedimentos para a produção das informações, elementos da pesquisa etnográfica a partir de técnicas de observação participante, conversas informais e entrevistas semiestruturadas. Após o levantamento das informações, fizemos uma análise discursiva do material coletado com base na teorização queer. Focamos o nosso olhar para as linguagens e os discursos que produzem identidades de gênero e sexuais e que compõem as experiências de pessoas. Partimos do entendimento de que os gêneros são efeitos de significações históricas, políticas, culturais e que as masculinidades são construções identitárias de gênero. Por essa razão, intencionamos compreendê-las e analisá-las a partir das pessoas pesquisadas, como eles próprios significam seus discursos e como esses discursos são produzidos e reproduzidos neles e entre eles, configurando seus modos de ser e agir. O estudo revela que o espaço escolar é atravessado por múltiplas referências de masculinidades que se relacionam entre si e que são significadas a partir da forma como os corpos se apresentam. Desse modo, entre os alunos, existe certa necessidade de adaptarem as suas expressões de gênero a comportamentos próximos ao padrão normativo. Devido a isso, o garoto deve viver em uma constante vigilância para não expressar atos considerados femininos ou pertencente ao “jeito de gay”. Isso é materializado na formação de grupos no espaço escolar e na divisão de atividades tidas como mais masculinas e menos masculinas, por exemplo, o futebol e o queimado. Percebe-se, também, várias práticas carregadas de violência, preconceito, discriminação e homofobia, porém, muitas vezes, são significadas como brincadeiras. Todavia, quem mais sofre violências não são os alunos autodeclarados gays, mas aqueles sobre os quais pairam dúvidas em relação à sexualidade. Contudo, mesmo com a atuação das normas de gênero, o espaço escolar é significado pelos alunos como um lugar de liberdade, no qual garotos, entre si, podem demonstrar afetividade, como beijar no rosto, andar de mãos dadas ou abraçados, deitar no colo e fazer carinho sem serem considerados menos homens. Portanto, fica evidente que os discursos sobre gênero produzidos e reproduzidos no espaço escolar, atuam na constituição de múltiplas formas de masculinidades baseados na configuração de um espaço escolar, no qual, predomine o respeito e a liberdade individual. Pois, por mais que não sejam eliminadas as normas de gênero, elas são desconstruídas, reconfiguradas e ressignificadas.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO/CCSO}, note = {DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II/CCSO} }