@MASTERSTHESIS{ 2017:1851491758, title = {DIVERSIDADE DE PEIXES DE RIACHOS EM ÁREAS DE CERRADO: COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E INTEGRIDADE DE HABITATS.}, year = {2017}, url = "https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/2085", abstract = "Como um sistema natural, rios e riachos são importantes para a conservação da biodiversidade pois abrigam uma grande diversidade de espécies formadas a partir de variações espaciais e temporais que incluem o ambiente, as espécies, as interações entre as espécies e com o ambiente, além das condições históricas e geográficas. Compreender as causas desta variação é uma questão importante para entender a forma como a biodiversidade está estruturada ao longo do espaço. Para testarmos a hipótese que existem diferenças na composição e estrutura da ictiofauna entre bacias hidrográficas, em virtude das diferenças no habitat interno e em função das mudanças no aporte de materiais alóctones, nós usamos um método de amostragem regularmente padronizado a fim de caracterizar as margens e a parte interna dos riachos nas bacias hidrográficas dos rios Alpercatas, Itapecuru, Munim e Preguiças entre os anos de 2012 e 2015. Utilizamos uma análise de similaridade (ANOSIM) para verificar a existência de diferença espacial na composição e abundância das espécies de peixes entre as bacias. Para comparar a abundância utilizamos o rank de abundância. A diversidade foi comparada através das curvas de rarefação. Os padrões na composição trófica entre as bacias hidrográficas foram avaliados com os dados de abundância das espécies para cada guilda trófica através de uma análise de coordenadas principais (PCoA). A multicolinearidade entre as variáveis preditoras foi calculada através da correlação Spearman. Para analisar os efeitos das variáveis preditoras sobre as variáveis respostas (riqueza e abundância das espécies) em cada bacia, utilizamos a regressão linear múltipla e o modelo linear generalizado. Foram coletados 4.048 indivíduos pertencentes a sete ordens, 27 famílias e 68 espécies. A composição de espécies entre as bacias foi similar entre Alpercatas e Itapecuru e entre Munim e Preguiças. Nas bacias do Itapecuru, Alpercatas e Preguiças houve a predominância de indivíduos onívoros ao passo que na bacia do Munim houve a predominância de indivíduos herbívoros. Com relação aos fatores locais, a riqueza e abundância das espécies foi influenciada pela profundidade e largura do canal na bacia do Alpercatas e pela temperatura da água e oxigênio dissolvido na bacia do Itapecuru. A abundância das espécies foi influenciada pela velocidade do fluxo e pela temperatura da água no Munim. Na bacia do Preguiças, a profundidade do canal foi a variável mais importante para a riqueza e abundância das espécies. Para cobertura do solo, áreas com presença de cultivo apresentaram menor riqueza e abundância de espécies na bacia do Itapecuru. Ao passo que no Munim áreas com presença de pastagem apresentaram maior riqueza e abundância de espécies. Os resultados obtidos neste trabalho sugerem que mesmo que drenagens mais próximas compartilhem maior número de espécies, uma determinada parcela dessas espécies podem ser restritas a uma bacia hidrográfica ou podem ter dificuldades em dispersar para outras bacias. Por outro lado, algumas espécies parecem se adaptar bem às diferentes condições impostas pelo ambiente, uma vez que, alterações na cobertura do solo foram refletidas na composição trófica das espécies favorecendo a ocorrência de indivíduos onívoros. Além disso, o efeito de fatores locais (profundidade, largura do canal, temperatura da água, oxigênio dissolvido e cobertura do solo) em cada uma das bacias hidrográficas estudadas demostram que a estrutura do hábitat tem um papel importante na estruturação da comunidade de peixes.", publisher = {Universidade Federal do Maranhão}, scholl = {PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE CONSERVAÇÃO/CCBS}, note = {DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA/CCBS} }