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https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede2/5824
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | “Somos sociedade também, somos humanos, somos religiosos”: uma análise da violência contra as religiões afro-brasileiras em Imperatriz/MA |
Título(s) alternativo(s): | “We are society too, we are human, we are religious”: an analysis of violence against Afro-Brazilian religions in Imperatriz/MA |
Autor: | ANDRADE, Henry Guilherme Ferreira ![]() |
Primeiro orientador: | VERAS, Rogério de Carvalho |
Primeiro membro da banca: | VERAS, Rogério de Carvalho |
Segundo membro da banca: | CARNEIRO, Gamaliel da Silva |
Terceiro membro da banca: | ARAÚJO, Raimundo Inácio Souza |
Quarto membro da banca: | SANTOS, Thiago Lima dos |
Resumo: | Este estudo visa analisar a violência contra as religiões afro-brasileiras em Imperatriz/MA, investigando como as instituições respondem às denúncias, quem são os sujeitos, e além da postura do Estado em relação ao problema. A religião, um objeto de estudo crucial na Sociologia, foi abordada por teóricos clássicos e contemporâneos, ocupando posição de destaque nas teorias sociais. A marginalização das religiões afro-brasileiras motiva o interesse por um estudo in loco sobre o fenômeno. O Censo do IBGE de 2010 revelou que apenas 8% dos brasileiros não se identificam com nenhuma religião, sendo que mais de 80% são seguidores de religiões cristãs, enquanto as religiões afro-brasileiras permanecem como minorias numéricas e marginalizadas (IBGE, 2022). Em Imperatriz/MA, o censo destacou uma adesão significativa ao catolicismo e ao protestantismo, contrastando com a visibilidade limitada de Umbanda e Candomblé, apesar de registros não oficiais indicarem a existência de mais de 20 terreiros na cidade. O fenômeno ganhou mais visibilidade em novembro de 2021 com a realização da primeira audiência pública para discutir as demandas dos Povos de Terreiro, incluindo o pedido de segurança para as expressões religiosas afro. Em março de 2023, ocorreu uma segunda audiência pública intitulada "KAÔ KABECILE XANGÔ", que reuniu instituições como a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, a Câmara de Vereadores de Imperatriz, a Associação de Terreiros de Cultura e Religião de Matriz Africana (ASTERCMA) e líderes religiosos, destacando relatos adicionais de violência contra as religiões afro-brasileiras e incentivando investigações posteriores. Este estudo utiliza um arcabouço teórico que inclui autores como Mundicarmo Ferretti (1995, 2007), Shwarcz (2007, 2021), Nancy Leys Stepan (2004), Stuart Hall (2003, 2006), Paul Gilroy (2001, 2007), Pierre Bourdieu (1989), Ari Pedro Oro (2015), Vagner Gonçalves da Silva (2015, 2023) e Sidnei Nogueira (2020), explorando aspectos históricos e conceituais da violência religiosa. A metodologia adotada envolve pesquisa de campo com entrevistas semiestruturadas junto às autoridades públicas, como Defensoria Pública, Ministério Público e delegacias, além da ASTERCMA, e uma abordagem da sociologia dos arquivos para análise das denúncias formais feitas pelos povos de terreiro. Conclui-se que a violência religiosa é um problema latente em Imperatriz/MA, manifestando-se através de intolerância e racismo religioso estrutural e institucional, com a invisibilização sendo exacerbada pela ação ou omissão das instituições. |
Abstract: | This study aims to analyze violence against Afro-Brazilian religions in Imperatriz/MA, investigating how institutions respond to reports, who the subjects involved are, and the state's stance on the issue. Religion, a crucial subject in Sociology, has been addressed by both classical and contemporary theorists, holding a prominent position in social theories. The marginalization of Afro-Brazilian religions sparks interest in an on-site study of this phenomenon. The 2010 IBGE Census revealed that only 8% of Brazilians do not identify with any religion, with over 80% following Christian religions, leaving Afro-Brazilian religions as numerical minorities, marginalized (IBGE, 2022). In Imperatriz/MA, the census highlighted significant adherence to Catholicism and Protestantism, contrasting with the limited visibility of Umbanda and Candomblé, despite unofficial records indicating over 20 terreiros in the city. The issue gained more visibility in November 2021 with the first public hearing to address demands from the Terreiro Peoples, including requests for security regarding Afro-religious expressions. In March 2023, a second public hearing titled "KAÔ KABECILE XANGÔ" convened institutions such as the Public Defender's Office of the State of Maranhão, Imperatriz City Council, the Association of Afro-Brazilian Terreiros Culture and Religion (ASTERCMA), and religious leaders, highlighting additional reports of violence against Afro-Brazilian religions and promoting further investigations. This study employs a theoretical framework including authors such as Mundicarmo Ferretti (1995, 2007), Shwarcz (2007, 2021), Nancy Leys Stepan (2004), Stuart Hall (2003, 2006), Paul Gilroy (2001, 2007), Pierre Bourdieu (1989), Ari Pedro Oro (2015), Vagner Gonçalves da Silva (2015, 2023), and Sidnei Nogueira (2020), exploring historical and conceptual aspects of religious violence. The methodology involves field research with semi-structured interviews with public authorities such as the Public Defender's Office, Public Prosecutor's Office, police stations, and ASTERCMA, employing a sociology of archives approach to analyze formal complaints by the Terreiro peoples. It is concluded that religious violence is a latent issue in Imperatriz/MA, manifesting through structural and institutional religious intolerance and racism, exacerbated by the actions or omissions of institutions. |
Palavras-chave: | violência religiosa; religiões afro-brasileiras; agentes públicos; instituições públicas. religious violence; afro-Brazilian religions; public officials; public institutions. |
Área(s) do CNPq: | Sociologia |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Maranhão |
Sigla da instituição: | UFMA |
Departamento: | COORDENACAO DO CURSO DE LICENCIATURAS EM CIENCIAS HUMANAS IMPERATRIZ/CCSST |
Programa: | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA - PPGS - Imperatriz |
Citação: | ANDRADE, Henry Guilherme Ferreira. “Somos sociedade também, somos humanos, somos religiosos”: uma análise da violência contra as religiões afro-brasileiras em Imperatriz/MA. 2024. 118 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS - Imperatriz) - Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, 2024. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5824 |
Data de defesa: | 1-Ago-2024 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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HENRYGUILHERMEFERREIRAANDRADE.pdf | Dissertação de Mestrado | 865,43 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
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