Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6674
Tipo do documento: Tese
Título: ESTEATOSE HEPÁTICA METABÓLICA EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, ESTIMATIVA DOS GRAUS DE FIBROSE E FATORES ASSOCIADOS À PROGRESSÃO
Título(s) alternativo(s): Metabolic Hepatic Steatosis in Patients with Type 2 Diabetes Mellitus: Characteristics Clinical, Estimation of Fibrosis Degrees and Factors Associated with Progression
Autor: FRANÇA DE ABREU, Joana D’Arc Matos 
Primeiro orientador: FERREIRA, Adalgisa de Sousa Paiva
Primeiro coorientador: AZULAY, Rossana Santiago de Sousa
Segundo coorientador: FARIA, Manuel dos Santos
Primeiro membro da banca: FERREIRA, Adalgisa de Souza Paiva
Segundo membro da banca: BECKMAN, Adriana Maria Guimarães Sá
Terceiro membro da banca: PAES, Antônio Marcus de Andrade
Quarto membro da banca: NASCIMENTO, Gilvan Cortês
Quinto membro da banca: RODRIGUES, Vandilson Pinheiro
Resumo: A esteatose hepática metabólica (EHM) acomete cerca de 30% da população mundial e mais de 60% dos indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), representando causa crescente de morbimortalidade hepática e cardiovascular. Em populações miscigenadas, como a brasileira, os determinantes metabólicos e genômicos da fibrose hepática ainda não estão completamente esclarecidos, o que dificulta a estratificação de risco e a adoção de estratégias personalizadas de manejo. Os objetivos foram investigar os fatores clínicos, laboratoriais e genômicos associados à fibrose hepática em pacientes com DM2 e EHM atendidos em um serviço de referência em endocrinologia no Nordeste do Brasil, e avaliar a acurácia de métodos não invasivos para detecção de fibrose avançada. Foi um estudo transversal conduzido entre julho de 2022 e fevereiro de 2024, com adultos portadores de DM2 e diagnóstico confirmado de EHM por elastografia transitória (FibroScan®). A pesquisa foi estruturada em dois eixos: o primeiro eixo analisou 240 pacientes, avaliando fatores clínico-epidemiológicos e laboratoriais associados à fibrose hepática e o desempenho dos testes não invasivos FIB-4 e MAF-5; o segundo eixo avaliou 212 pacientes para investigar a associação entre ancestralidade genômica (europeia, africana e nativo-americana) e a gravidade da fibrose e da esteatose hepática, com base em marcadores informativos de ancestralidade e dados obtidos pela elastografia transitória No primeiro capítulo, o sexo feminino (OR ajustada = 2,69; p = 0,005), a obesidade (OR ajustada = 2,23; p = 0,009) e níveis elevados de AST, ALT e GGT foram independentemente associados à presença de fibrose hepática, mesmo após ajustes multivariados. Os escores FIB4 e MAF-5 apresentaram boa acurácia na predição de fibrose significativa, demonstrando utilidade clínica em contextos com recursos limitados. No segundo capítulo, a ancestralidade europeia predominou (56,5%), seguida da africana (26,0%) e da nativo-americana (17,5%). Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre a ancestralidade genômica e a gravidade da fibrose ou da esteatose hepática (p > 0,05). Esses achados reforçam que a disfunção metabólica, particularmente obesidade e dislipidemia, é o principal determinante da progressão da doença hepática, independentemente da composição genômica individual em populações altamente miscigenadas. Em adultos com DM2 e EHM, a gravidade da fibrose hepática é determinada predominantemente por fatores metabólicos independentes da ancestralidade genômica. O uso de testes não invasivos, como o FIB-4, mostrou-se eficaz para a triagem de fibrose avançada em cenários de saúde pública, enquanto a análise genômica não indicou influência da ancestralidade no curso da doença. Esses resultados reforçam a importância do controle metabólico rigoroso e da abordagem clínica integrada no manejo da EHM em pacientes diabéticos.
Abstract: Metabolic dysfunction–associated steatotic liver disease (MASLD) affects approximately 30% of the global population and more than 60% of individuals with type 2 diabetes mellitus (T2DM), representing an increasingly significant cause of hepatic and cardiovascular morbidity and mortality. In highly admixed populations, such as the Brazilian population, the metabolic and genomic determinants of liver fibrosis remain insufficiently understood, hindering risk stratification and the implementation of personalized management strategies. This study aimed to investigate the clinical, laboratory, and genomic factors associated with liver fibrosis in patients with T2DM and MASLD receiving care at a referral endocrinology center in Northeastern Brazil, and to assess the accuracy of noninvasive methods for the detection of advanced fibrosis. This was a cross-sectional study conducted between July 2022 and February 2024 in adults with T2DM and confirmed diagnosis of MASLD by transient elastography (FibroScan®). The research was structured into two components: the first included 240 patients and evaluated clinical-epidemiological and laboratory factors associated with liver fibrosis, as well as the performance of the FIB-4 and MAF-5 noninvasive tests; the second component analyzed 212 patients to investigate the association between genomic ancestry (European, African, and Native American) and the severity of liver fibrosis and steatosis, based on ancestry-informative markers and transient elastography parameters. In the first component, female sex (adjusted OR = 2.69; p = 0.005), obesity (adjusted OR = 2.23; p = 0.009), and elevated AST, ALT, and GGT levels were independently associated with the presence of liver fibrosis, even after multivariable adjustments. The FIB-4 and MAF-5 scores demonstrated good accuracy in predicting significant fibrosis, confirming their clinical utility in resource-limited settings. In the second component, European ancestry predominated (56.5%), followed by African (26.0%) and Native American (17.5%) ancestry. No statistically significant associations were observed between genomic ancestry and the severity of liver fibrosis or steatosis (p > 0.05). These findings reinforce that metabolic dysfunction, particularly obesity and dyslipidemia, is the major driver of liver disease progression, regardless of individual genomic background in highly admixed populations. In adults with T2DM and MASLD, the severity of liver fibrosis is predominantly determined by metabolic factors independent of genomic ancestry. The use of noninvasive tests such as FIB-4 proved effective for the screening of advanced fibrosis in public health settings, whereas genomic analysis did not indicate a meaningful influence of ancestry on disease course. These results emphasize the importance of stringent metabolic control and an integrated clinical approach in the management of MASLD in individuals with diabetes.
Palavras-chave: Esteatose Hepática Metabólica;
Diabetes Mellitus Tipo 2;
Fibrose Hepática;
Elastografia;
Testes Não Invasivos;
Ancestralidade Genômica;
Disfunção Metabólica
Metabolic dysfunction-associated steatotic liver disease;
Type 2 diabetes mellitus;
Hepatic fibrosis;
Transient elastography;
Noninvasive tests;
Genomic ancestry;
Metabolic dysfunction
Área(s) do CNPq: Endocrinologia
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS
Citação: FRANÇA DE ABREU, Joana D’Arc Matos. Esteatose hepática metabólica em portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2: Características clínicas, estimativa dos graus de fibrose e fatores associados à progressão. 2025. 128 f. Tese( Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2025.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/6674
Data de defesa: 25-Nov-2025
Aparece nas coleções:TESE DE DOUTORADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
JOANA D’ARC MATOS FRANÇA DE ABREU.pdfTese de Doutorado3,1 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.