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Tipo do documento: Dissertação
Título: DA MATA AO CENTRO: Lideranças Femininas e Quebra de Coco Babaçu na Amazônia Maranhense
Título(s) alternativo(s): FROM THE FOREST TO THE CENTER: Female Leadership and Breaking of Babaçu Coconuts in the Amazon Region of Maranhão
Autor: FERREIRA, Bianca Silva 
Primeiro orientador: PANTOJA, Vanda Maria Leite
Primeiro membro da banca: PANTOJA, Vanda Maria Leite
Segundo membro da banca: SOUSA, Karina Almeida de
Terceiro membro da banca: SANTOS, Kátia Bárbara da Silva
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar e analisar as trajetórias das mulheres quebradeiras de coco dos povoados de Petrolina, São Felix e Coquelândia, localizados na Estrada do Arroz, zona rural da cidade de Imperatriz – MA. Destacando como a quebra de coco babaçu e os conflitos resultantes desta atividade conduziram para o protagonismo das mulheres na luta para permanecer desempenhando este trabalho. Evidenciamos, como a necessidade de continuar a quebra de coco foi importante para a formação da mobilização social e política, que colaborou para que as quebradeiras de coco fossem reconhecidas e se reconhecessem como sujeitas de luta. Todo o trabalho é orientado tendo como referência a seguinte questão: como a necessidade de defesa do acesso às palmeiras, contra as diversas tentativas de proibição ao longo dos anos por diferentes agentes externos, estabeleceu o seu protagonismo social e político? Utilizamos como método a história oral, e como fonte pesquisa lançamos mão de bibliografias existentes sobre o tema, utilizamos também como recurso metodológico o ponto de vista das mulheres por meio de conversas, participação em reuniões e entrevistas. Apresentamos as histórias de resistência, através da vivência contada, destacando esta como um ponto importante na construção da memória das quebradeiras que permitiu entender a construção de suas identidades enquanto quebradeiras e lideranças, ao expor suas experiências as mulheres transformam vivências em linguagem (Alberti 2006, 2013). Como base teórica foram utilizadas autoras e autores que partem de uma perspectiva decolonial para pensar o trabalho e suas relações, assim temos Aníbal Quijano (2005), Enrique Dussel (2005), Marcelo Rosa (2014); Patricia Hill Collins (2019) e bell hooks (2019) que nos auxiliam a pensar o lugar da mulher na sociedade assim como a importância da autodefinição como estratégia de emancipação. Conceitos relacionados ao feminismo camponês e popular são pensados a partir da colaboração de Calaça, Conte e Cinelli (2018). Discutimos ainda os saberes insubmissos dessas mulheres, construídos a partir de existências e da luta constante contra o fluxo continuo das relações de poder que surgem a partir do colonialismo, usando como base para análise as autoras Ângela Figueiredo (2020), Donna Haraway (2009), Maria Lugones (2014) e Lélia Gonzalez (1983, 1988 e 2020). Diante das fontes analisadas, nota-se que as mulheres quebradeiras se entendem enquanto sujeitas de transformação e que o trabalho com o babaçu é elemento importante no processo de construção de suas identidades, que é perpassada pelas lutas que as fizeram ser quem são. Assim a subjetividade do ser quebradeira para essas mulheres passou a ter sentido quando compreenderam que estavam tentando fazer com que elas, e seus saberes, deixassem de existir. Dessa maneira, as possibilidades das informações resultantes dessa pesquisa permitiram conhecer o processo de construção dos saberes que formam essas lideranças, assim como, suas estratégias de auto preservação, suas relações de trabalho e de sociabilidade.
Abstract: This research aims to investigate and analyze the trajectories of women coconut breakers from the villages of Petrolina, São Félix and Coquelândia, located on Estrada do Arroz, rural area of the city of Imperatriz – MA. Highlighting how the breaking of babassu coconuts and the conflicts arising from this activity led to women's leading role in the struggle to continue performing this work. We highlighted that the need to continue coconut breaking was important for the formation of social and political mobilization, that we collaborated so that coconut breakers were recognized and recognized as safe to fight. All work is guided with the following question as a reference: how is the need to defend access to palm trees, against the various attempts at exclusion over the years by different external agents, distributed by their social and political protagonism? We use oral history as a method, and as a research source we use existing bibliographies on the topic, we also use the women's point of view as a methodological resource through conversations, participation in meetings and interviews. We present the stories of resistance, through the experience told, highlighting this as an important point in the construction of the memory of the breakers that allowed us to understand the construction of their identities as breakers and leaders, by exposing their experiences as women transforming experiences into language (Alberti 2006, 2013). As a theoretical basis, authors who depart from a decolonial perspective were used to think about work and its relationships, such as Aníbal Quijano (2005), Enrique Dussel (2005), Marcelo Rosa (2014); Patricia Hill Collins (2019) and bell hooks (2019) who help us think about women's place in society as well as the importance of self-definition as a strategy for emancipation. Concepts related to peasant and popular feminism are thought through the collaboration of Calaça, Conte and Cinelli (2018). We also discuss the unsubmissive knowledge of these women, built from existence and the constant struggle against the continuous flow of power relations that arise from colonialism, using as a basis for analysis the authors Ângela Figueiredo (2020), Donna Haraway (2009), Maria Lugones (2014) and Lélia Gonzalez (1983, 1988 and 2020). In view of the proven sources, it is clear that the women breakers understand themselves as subjects of transformation and that working with babassu is an important element in the process of building their identities, which is permeated by the struggles that made them who they are. Thus, the subjectivity of being broken for these women began to make sense when they understood that they were trying to make them, and their knowledge, cease to exist. In this way, the possibilities of information resulting from this research allowed us to understand the process of building the knowledge that forms these leaders, as well as their self-preservation strategies, their work relationships and sociability.
Palavras-chave: Quebradeiras de coco;
Protagonismo;
Identidade;
Trabalho;
Saberes
Coconut breakers;
Protagonism;
Work;
Identity;
Knowledge
Área(s) do CNPq: Antropologia Rural
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: COORDENACAO DO CURSO DE LICENCIATURAS EM CIENCIAS HUMANAS IMPERATRIZ/CCSST
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA - PPGS - Imperatriz
Citação: FERREIRA, Bianca Silva. Da mata ao centro: Lideranças Femininas e Quebra de Coco Babaçu na Amazônia Maranhense. 2024. 83 f. Dissertação( Programa de Pós-graduação em Sociologia - PPGS - Imperatriz) - Universidade Federal do Maranhão, Imperatriz, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/5782
Data de defesa: 9-Ago-2024
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA

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