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Tipo do documento: Dissertação
Título: Acesso a exames de pré-natal no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019
Título(s) alternativo(s): Access to prenatal exams in Brazil: results from the 2013 and 2019 National Health Survey
Autor: FREITAS, Francisca Maria da Silva 
Primeiro orientador: OLIVEIRA, Bruno Luciano Carneiro Alves de
Primeiro coorientador: AQUINO, Priscila de Souza
Primeiro membro da banca: OLIVEIRA, Bruno Luciano Carneiro Alves de
Segundo membro da banca: AQUINO, Priscila de Souza
Terceiro membro da banca: CORREA, Rita da Graça Carvalhal Frazão
Quarto membro da banca: JORGE, Herla Maria Furtado
Resumo: Introdução: A realização dos testes/exames laboratoriais é parte fundamental do cuidado pré- natal e busca prevenir, diagnosticar e tratar doenças ou agravos, a fim de se garantir melhores desfechos de saúde durante a gestação e o nascimento. O Brasil tem uma elevada cobertura de pré-natal ofertada por uma rede de serviços públicos e privados. Porém, a realização de exames no pré-natal ainda não é homogênea entre os grupos populacionais e localidades do país. Objetivos: Analisar a prevalência de exames no pré-natal de gestantes e os fatores associados à variação dessa prevalência, entre os anos da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. Método: Estudo transversal, com dados de gestantes de 18 a 49 anos que realizaram pré-natais e foram entrevistadas na PNS realizada em 2013 (n=1.851) e 2019 (n=2.729). Foram investigados quatro testes/exames: sangue, urina, sífilis e HIV. A prevalência e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) dos testes/exames individuais e em conjunto foram estimados para cada ano da Pesquisa Nacional de Saúde. Também foi estimada a diferença absoluta e o IC95% da mudança da prevalência no período. Modelos de regressão de Poisson, com variância robusta foram testados para a associação do ano da PNS (2019 vs 2013) com o acesso ao conjunto dos exames de pré-natal. Resultados: A proporção de gestantes que declarou ter realizado pré-natal no Brasil foi de 97,3% (IC95%: 96,4; 98,3) em 2013 e de 98,2% (IC95%: 97,5; 98,8) em 2019. Os exames mais prevalentes foram urina e sangue, e os menos prevalentes foram os de sífilis e HIV. No período, cresceu a realização dos exames de sífilis (15,2; IC95%: 11,0; 22,0) e HIV (4,3; IC95: 4,3; 8,0), mas reduziu a dos demais. A prevalência de realização dos quatro exames cresceu (9,9%; IC95%: 5,0; 16,0), alcançando 69,9% (IC95%: 67,0; 72,8) em 2019 ante os 60,0% (IC95%: 56,1; 63,9) em 2013. Esse crescimento ocorreu nos grupos e localidades mais vulneráveis do país. No período, a análise de regressão ajustada indicou maior chance de acesso ao conjunto dos quatro exames (RP=1,16; IC95%: 1,10; 1,16), ao de sífilis (RP=1,21; IC95%: 1,15; 1,27) e HIV (RP=1,04; IC95%:1,03; 1,06). Contudo, reduziu a chance de acesso aos exames de sangue (RP=0,97; IC95%:0,96; 0,98) e urina (RP=0,95; IC95%:0,94; 0,96). Conclusão: Os resultados apontaram maior realização do conjunto com quatro testes/exames de pré-natal, e especificamente, de dois deles: sífilis e HIV. Mas, houve redução na realização dos exames de sangue e urina. O avanço ao conjunto dos testes/exames foi para os grupos e localidades mais vulneráveis do país. Contudo, essa prevalência ainda foi baixa e está associada a grupos e localidades vulneráveis, indicando a persistência das desigualdades no Brasil. Logo, gestantes mais vulnerabilizadas ainda têm prejuízos no acesso aos exames de rotina do pré-natal preconizados nos cuidados de saúde do binômio materno-infantil.
Abstract: Introduction: Laboratory tests/exams are a fundamental part of prenatal care and aim to prevent, diagnose, and treat diseases or deficiencies, ensuring better health outcomes during pregnancy and birth. Brazil has high prenatal care coverage offered by a network of public and private services. However, prenatal testing is still not homogeneous between population groups and localities in the country. Objectives: To analyze the prevalence of prenatal exams for pregnant women and the factors associated with the variation in this prevalence, between the years of the National Health Survey 2013 and 2019. Method: Cross-sectional study with dates pregnant women aged 18 to 49 years that received prenatal care and were interviewed in the PNS conducted in 2013 (n=1,851) and 2019 (n=2,729). Four tests/exams were examined: blood, urine, syphilis, and HIV. The prevalence and respective 95% confidence intervals (95%CI) of the individual and combined tests/exams were estimated for each year of the National Health Survey. Additionally, the absolute difference and the 95%CI of the change in prevalence over the period were estimated. Poisson regression models, with robust variance, were tested for the association between the year of the PNS (2019 vs 2013) with the access to all prenatal tests. Results: The proportion of pregnant women who reported having had prenatal care in Brazil was 97.3% (95% CI: 96.4; 98.3) in 2013 and 98.2% (95% CI: 97.5; 98.8) in 2019. The most prevalent were urine and blood tests, and the least prevalent were syphilis and HIV. During the period, the number of tests for syphilis (15.2; 95% CI: 11.0; 22.0) and HIV (4.3; 95% CI: 4.3; 8.0) increased, but the number of the others decreased. The prevalence of all four tests increased (9.9; 95%CI: 5.0; 16.0), reaching 69.9% (95%CI: 67.0; 72.8) in 2019 compared to 60.0% (95%CI: 56.1; 63.9) in 2013. This growth occurred in the country's most vulnerable groups and localities. In the period, the adjusted regression analysis indicated a greater chance of access to all four tests (PR=1.16; 95%CI: 1.10; 1.16), syphilis (PR=1.21; 95%CI: 1.15; 1.27), and HIV (PR=1.04; 95%CI: 1.03; 1.06). Nonetheless, it reduced the chance of access to blood (PR=0.97; 95%CI: 0.96; 0.98) and urine tests (PR=0.95; 95%CI: 0.94; 0.96). Conclusion: The results showed greater completion of the set of four prenatal tests/examinations, and specifically, two of them: syphilis and HIV. The advance in all tests/examinations was for the most vulnerable groups and locations in the country. However, this prevalence was still low and it was associated with vulnerable groups and locations, indicating the persistence of inequalities in Brazil. Therefore, more vulnerable pregnant women still face difficulties in accessing routine prenatal exams recommended in maternal and child health care.
Palavras-chave: cuidado pré-natal;
testes laboratoriais;
acesso aos serviços de saúde;
inquéritos epidemiológicos;
enfermagem.
prenatal care;
laboratory tests;
access to health services;
epidemiological surveys;
nursing.
Área(s) do CNPq: Enfermagem Obstétrica
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Sigla da instituição: UFMA
Departamento: DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM/CCBS
Programa: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM/CCBS
Citação: FREITAS, Francisca Maria da Silva. Acesso a exames de pré-natal no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. 2024. 65 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/CCBS) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: https://tedebc.ufma.br/jspui/handle/tede/tede/5372
Data de defesa: 26-Mar-2024
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO DE MESTRADO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

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